sábado, 8 de março de 2014

"Colocar o engano no centro da política"


José Pacheco Pereira
[...] A acusação ao Primeiro-Ministro de que a sua palavra não valia nada, provocou-lhe um surto de irritação mais do que de indignação. Na verdade, a começar pelo próprio, ele sabe muito bem que o valor da sua palavra é nulo, e isso não o preocupa muito, não porque seja “mau”, mas porque o “valor da palavra” remete para um conjunto de valores que ele e a sua geração acham antiquados e arqueológicos.

Veja-se o caso do “temporário” / “definitivo” dos cortes, um exemplo típico de como a “palavra”, no sentido de uma afirmação de honra, não tem nenhum valor. [...]

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