José Pacheco Pereira |
[...] A acusação ao Primeiro-Ministro de que a
sua palavra não valia nada, provocou-lhe um surto de irritação mais do que de
indignação. Na verdade, a começar pelo próprio, ele sabe muito bem que o valor
da sua palavra é nulo, e isso não o preocupa muito, não porque seja “mau”, mas
porque o “valor da palavra” remete para um conjunto de valores que ele e a sua
geração acham antiquados e arqueológicos.
Veja-se o caso do “temporário” /
“definitivo” dos cortes, um exemplo típico de como a “palavra”, no sentido de
uma afirmação de honra, não tem nenhum valor. [...]
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