terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bernardo Sassetti Trio >> Ascent 2005

Música para entrar bem em 2014, sem pressas nem stress
sem pensar na troika nem nos que nos infernizam a vida.


01. Do Silêncio Revelação 0:00
02. El Testament d'Amelia (trad. catalão) 
5:02
03. Ascent 
11:55
04. De um instante a outro 
15:24
05. Como quem diz 
23:44
06. Reflexos, Mov. Contrário Um dia, através do vidro Parte I Parte II 
32:01
07. Outro lugar 
43:33
08. Naquele Tempo 
51:01
09. (Ind)diferente 
53:04
10. Da Noite Ao silêncio 
1:00:00

Violoncello: Ajda Zupanic
Vibrafone: Jean-François Lezé
Piano: Bernardo Sassetti
Bass: Carlos Barreto
Drums: Alexandre Frazão

domingo, 29 de dezembro de 2013

António Zambujo >> Lambreta



Vem dar uma voltinha na minha lambreta
E deixa de pensar no tal Vilela
Que tem carro e barco à vela
O pai tem a mãe também
Que é tão tão
Sempre a preceito
Cá para mim no meu conceito
Se é tão tão e tem tem tem
Tem que ter algum defeito
Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Vê só como é bonita
É vaidosa, a rodinha mais vistosa
Deixa um rasto de cometa
É baixinha mas depois
Parece feita para dois
Sem falar nos eteceteras
Que fazem de nós heróis
Eu sei que tenho estilo gingão
Volta e meia vai ao chão
Quando faz de cavalinho
Mas depois passa-lhe a dor,
Endireita o guiador
E regressa de beicinho
Para o pé do seu amor
Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Eu juro que guio devagarinho
Tu só tens de estar juntinho
Por razões de segurança
E se a estrada nos levar
Noite fora até mar
Paro na beira da esperança
Com a luzinha a alumiar
E deixa de pensar no tal Vilela
Que tem carro e barco à vela
O pai tem a mãe também
Que é tão tão
Sempre a preceito
Cá para mim no meu conceito
Se é tão tão e tem tem tem,
Tem que ter algum defeito
Se é tão tão e tem tem tem,
Tem que ter algum defeito
Se é tão tão e tem tem tem,
Tem que ter algum defeito

sábado, 28 de dezembro de 2013

Gisela João >> Meu Amigo Está Longe




Poema: José Carlos Ary dos Santos
Música: Alain Oulman

Guitarra portuguesa: Ricardo Parreira
Viola: João Tiago
Baixo: Francisco Gaspar

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

ZAZ >> Je veux

Zaz, de son vrai nom Isabelle Geffroy, née le 1er mai 1980 à Tours (Indre-et-Loire), est une chanteuse française, mêlant les styles jazzy, variété française et acoustique. Elle est l'interprète du titre «Je veux», issu de son premier album. 
Mais informação



Donnez-moi une suite au Ritz, je n'en veux pas!
Des bijoux de chez Chanel, je n'en veux pas!
Donnez-moi une limousine, j'en ferais quoi?
papalapapapala
Offrez moi du personnel, j'en ferais quoi?
Un manoir à Neuchâtel, ce n'est pas pour moi.
Offrez-moi la Tour Eiffel, j'en ferais quoi?
papalapapapala

Refrain:
Je veux d'l'amour, d'la joie, de la bonne humeur,
ce n'est pas votre argent qui f'ra mon bonheur,
moi j'veux crever la main sur le coeur
papalapapapala
allons ensemble, découvrir ma liberté,
oubliez donc tous vos clichés,
bienvenue dans ma réalité.

J'en ai marre de vos bonnes manières, c'est trop pour moi!
Moi je mange avec les mains et j'suis comme ça!
J'parle fort et je suis franche, excusez-moi!
Finie l'hypocrisie moi j'me casse de là!
J'en ai marre des langues de bois!
Regardez-moi, toute manière j'vous en veux pas et j'suis comme çaaaaaaa
(j'suis comme çaaa) papalapapapala

Refain x3:
Je veux d'l'amour, d'la joie, de la bonne humeur,
ce n'est pas votre argent qui f'ra mon bonheur,
moi j'veux crever la main sur le coeur
papalapapapala
Allons ensemble découvrir ma liberté,
oubliez donc tous vos clichés,
bienvenue dans ma réalité!

domingo, 22 de dezembro de 2013

“fragmentos” revelados


Descobri agora na net, por acaso, um novo espaço da minha filha Teresa Martinho Marquesfragmentos - um a um
http://fragmentos3za.blogspot.pt/.
Compreende-se o “segredo”. Um recanto pessoal não se pré-anuncia: nasce, cresce e, no momento próprio, revela-se…
Eu, fã incondicional, fiquei encantado com a descoberta!

30
a espera(nça) mora nesse intervalo desfocado absolutamente infinito entre ti e mim

sábado, 21 de dezembro de 2013

Campeão de Inverno...



Ana Moura >> Desfado


Letra e Música de Pedro da Silva Martins


Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Camané >> Ai Margarida



Poema de Álvaro de Campos com música de Mário Laginha
cantado por Camané – Disco: “O Melhor/1995-2013” 


Ai, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?
Tirava os brincos do prego,
Casava c'um homem cego
E ia morar para a Estrela.

Mas, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que diria a tua mãe?
– (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.

E, Margarida,
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?
– Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.

Mas, Margarida,
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?
– Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia. 


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

"TIC,TAC" de Mário Castrim

Quando os nossos filhos eram adolescentes, 
passou cá por casa o livro "Histórias com Juízo"



Diz o tempo ao relógio:
Ó relógio não me cortes, não me cortes com a tua serra tão afiada. Tem pena de mim.
― Perdoa mas tem de ser. Tem de ser assim.
― Mas porque é que tem de ser assim? Assim em segundos? Porque é que me cortas tão fininho?
― Isso é que eu não sei. Se calhar é p'ra fazer caldo verde.


Mário Castrim
in Histórias com Juízo
Plátano Editora, 1977(?)
Ilustrações de Carlos Barradas
N.º 11 da Colecção "A rã que ri"

domingo, 15 de dezembro de 2013

Maria Vicência Grilo, uma filha do Tejo

Já o disse anteriormente: o meu conterrâneo Carlos Santos Oliveira publica com regularidade no blogue Corações da Chamusca  entrevistas que dão a conhecer gente ignota, mas honrada e nobre, que de outro modo passaria sem registo que fizesse perdurar a sua memória. Desta vez, traz-nos uma filha do Tejo, pescadora e agricultora, com uma comovente história onde entra uma Família que vivia num barco e uma Mãe preocupada: "tive que passar dormir com o meu filho amarrado à cintura com uma corda pequena para não acontecer uma desgraça com ele".


Salve MADIBA !



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Apraz registar

No passado mês de Março, dirigi uma mensagem a PRC, da Antena2, que não conhecia nem conheço pessoalmente:
Exmo. Senhor
Ando há algum tempo para lhe enviar esta mensagem, só que hesitei muito.
Queria dizer-lhe que gosto do seu programa, da selecção musical, da sua dicção, da sua apresentação, mas... por vezes há um (pequeno) senão: a meu ver, utiliza a palavra "ora" em excesso, que me "arranha" os ouvidos e, porventura, outros igualmente sensíveis. Corrigido este senão, tudo ficaria perfeito (para mim).
Se entender que faz sentido esta observação, tanto melhor.
Se entender o contrário, não é daí que vem mal ao mundo...
Cordiais saudações,
Eduardo Martinho

No mesmo dia recebi a seguinte missiva:
Caro Eduardo Martinho,
Antes de mais, agradeço o seu contacto, bem como as amáveis palavras que me dirige...
Quanto ao "ora", é uma espécie de "muleta" (existem outras) que apanhamos para nos ajudarem a, por exemplo, mudar de assunto, fazer parêntesis, ganhar tempo, etc. Estas "muletas" dão, por vezes, jeito para o tipo de programas que faço, em directo, mas percebo que sejam indesejáveis para os ouvintes. E muitas vezes não percebemos que estamos a usá-las em demasia, porque, como disse, os programas são feitos em directo. Sendo gravados seria muito simples eliminá-las.
Vou aceitar de bom grado a sugestão e tentar não utilizar estes recursos em demasia, mesmo porque não o faço de forma totalmente consciente.
Cumprimentos,
PRC

Num tempo de muitos convencimentos, afigura-se-me de assinalar a reacção humilde e descomplexada de PRC face à observação que lhe fiz. Melhor ainda: dez meses decorridos desde então, é com prazer que venho constatando que a citada “muleta” deixou de ser utilizada, decerto para satisfação dos ouvintes da Antena2. Parabéns PRC!  

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Agora Todos lá pr'a trás!



Todos lá p'ra trás
... é uma canção do novo disco Contramão  
com letra e música de Pedro Abrunhosa


Tenho medo de contar
O que acabo de assistir,
Um homem a trabalhar
E mais de vinte a dirigir,
Por decreto, tudo certo,
Diz a lei que assim se faz,
Até que o homem se fartou
E berrou
'Agora Todos lá p'ra trás!
Todos, Todos, lá p'ra trás,
Venham ver como se faz,
Todos, Todos lá p'ra trás!'

Vi a Geração Currículo,
Dez estágios no Japão,
Cinco cursos, doutorados,
Recibos verdes e pão,
Tudo às cegas, e os colegas,
Enterrados no sofá,
Voltam pra casa dos pais
Que fartos, berram:
'Agora Todos lá p'ra trás!
Todos, Todos, lá p'ra trás,
Estudou e é um incapaz,
Todos, Todos lá p'ra trás!'

Ah, se eu te dissesse
Tudo o que vai no meu país,
Ah, se eu conseguisse,
Matar o mal pela raiz.
E se tu viesses
Também beber desta euforia,
Os dois somos multidão,
E toda a gente gritaria:
'Agora Todos lá p'ra trás!
Todos, Todos, lá p'ra trás,
É a nossa vez, queremos Paz,
Todos, Todos lá p'ra trás!'

Vi quem de saber tão curto,
Ainda acaba Presidente,
E à sua volta sábios
Disfarçados de inocentes
De fato no retrato,
Como a muita gente apraz,
Até que alguém se irritou
E ordenou:
'Agora Todos lá p'ra trás!
Todos, Todos, lá p'ra trás,
Queremos pão, queremos Paz,
Todos, Todos lá p'ra trás!'

Que país tão engraçado,
A comprar o que não quer,
Submarinos estragados
Auto-estradas de aluguer,
Tanto crédito, inédito,
De escravo a capataz,
Até que alguém de lá do fundo
Gritou:
'Agora Todos lá p'ra trás!
Todos, Todos, lá p'ra trás,
E quem come do cabaz?
Todos, Todos lá p'ra trás.'

Ah, se eu te dissesse
Tudo o que vai no meu país,
Ah, se eu conseguisse,
Matar o mal pela raiz.
E se tu viesses
Também beber desta euforia,
Os dois somos multidão,
E toda a gente gritaria:
'Agora Todos lá p'ra trás!
Todos, Todos, lá p'ra trás,
Queremos pão, queremos paz
Venham ver com se faz. '

Todos, Todos, lá p'ra trás,
Quero Todos lá p’ra trás,
Queremos pão, queremos paz,
Agora todos lá p’ra trás,
Todos, Todos lá p'ra trás,
Venham ver como se faz,
E o Presidente ineficaz,
Todos, Todos, lá para trás
Todos, Todos, lá para trás
Queremos pão, queremos paz,
Todos, Todos lá para trás
Todos, Todos lá para trás.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Os (alegados) responsáveis pela crise...

... além do gato!



                                    XI Governo constitucional (1987-1991)
                                    Primeiro-ministro: Aníbal Cavaco Silva

                                    XII Governo constitucional (1991-1995)
                                    Primeiro-ministro: Aníbal Cavaco Silva

                                    XIII Governo constitucional (1995-1999)
                                    Primeiro-ministro: António Guterres

                                    XIV Governo constitucional (1999-2002)
                                    Primeiro-ministro: António Guterres

                                    XV Governo constitucional (2002-2004)
                                    Primeiro-ministro: Durão Barroso

                                    XVI Governo constitucional (2004-2005)
                                    Primeiro-ministro: Santana Lopes

                                    XVII Governo constitucional (2005-2009)
                                    Primeiro-ministro: José Sócrates

                                    XVIII Governo constitucional (2009-2011)
                                    Primeiro-ministro: José Sócrates

                                    XIX Governo constitucional (2011- …)
                                    Primeiro-ministro: Passos Coelho



&

domingo, 1 de dezembro de 2013

O físico Manuel Valadares (1904-1982)

Ontem realizou-se o Seminário “A Aprendizagem Ativa no Ensino das Ciências: que Vantagens?”, que teve lugar no Auditório Manuel Valadares, um anfiteatro que actualmente faz parte do Museu  Nacional de História Natural e da Ciência: Programa.

Nele participou a Educadora Helena Martinho, minha filha, com a comunicação “Viagem ao Mundo da Luz”, projecto realizado no Jardim de Infância do Vimeiro (classificado em 1.º lugar no Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola – Artes da Física”: Apresentação.


O Auditório e o nome do seu patrono fizeram-me lembrar dois factos: a ignóbil demissão em 1947 do conceituado físico português Manuel Valadares das suas funções de Professor da Faculdade de Ciências de Lisboa e, em segundo lugar, as muitas dezenas de aulas que dei naquele espaço entre 1965 e 1980, onde reencontrei o velhinho quadro de ardósia de então...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Um filho do Tejo

O chamusquense Carlos Santos Oliveira publica regularmente no seu blogue "Corações da Chamusca" interessantes posts com entrevistas que dão a conhecer pessoas que de outro modo passariam sem registo que fizesse perdurar a sua memória. E seria pena. Desta vez, traz até nós a vida de um filho do Tejo, pescador e agricultor, um homem que tem muito para contar. Vale a pena escutá-lo.



sábado, 23 de novembro de 2013

Uma prova de avaliação “apatetada”

 

É defensável que existam formas de avaliar docentes: antes de entrarem na carreira ou ao nível da actualização dos seus conhecimentos, por exemplo. Nada disto é remotamente parecido com o modelo da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades dos docentes ontem publicitada pelo Ministério da Educação e Ciência. Pela simples razão de que essa prova nada avalia e atinge os únicos objectivos de enganar a opinião pública, infantilizar os docentes e eventualmente excluir alguns destes. É quase como pedir a quem lecciona se é capaz de dizer todas as letras do abecedário. O professor e blogger Paulo Guinote, por exemplo, diz que já pediu “coisas mais difíceis aos alunos do 9.º ano”. O ministério tenta passar para a opinião pública a ideia de que os professores estão a reagir corporativamente e por inércia a esta avaliação. O modelo da prova demonstra que os docentes tinham toda a razão em rejeitá-la. Quanto mais não seja, por uma questão de dignidade.
PÚBLICO, Editorial, 23.Nov.2013


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"Mão-Cheia de Mãos", de Teresa Martinho Marques




MÃO-CHEIA DE MÃOS
Texto: Teresa Martinho Marques
Ilustrações: Colectivo Pro
Edições Eterogémeas, Set.2013 


Segue-se o aperitivo...
Mãos dadas
Mãos entrelaçadas
Mãos apaixonadas.
Pede-se (só) a Mão
e não é que traz atrás
pessoas agarradas?


Mãos de fada tem
quem não é fada a valer
mas sabe fazer!


De Mão em Mão andaram as pombinhas.
(Ninguém põe a Mão nas minhas!)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Manuel António Pina faria hoje 70 anos


A CABEÇA NO AR
As coisas melhores são feitas no ar,
andar nas nuvens, devanear,
voar, sonhar, falar no ar,
fazer castelos no ar
e ir lá para dentro morar,
ou então estar em qualquer sítio só a estar,
a respiração a respirar,
o coração a pulsar,
o sangue a sangrar,
a imaginação a imaginar,
os olhos a olhar
                  (embora sem ver),
e ficar muito quietinho a ser,
os tecidos a tecer,
os cabelos a crescer.
E isso tudo a saber
que isto tudo está a acontecer!
As coisas melhores são de ar
só é preciso abrir os olhos e olhar,
basta respirar.   

Manuel António Pina