sexta-feira, 29 de junho de 2018

Portugal também está na moda na Santa Sé?



De repente, o Papa Francisco e o Vaticano dão importância ao catolicismo português? Depois da nomeação do bispo de Leiria-Fátima para cardeal, e da escolha do padre José Tolentino Mendonça para dirigir a Biblioteca e o Arquivo do Vaticano, parece que Portugal está na moda também na Santa Sé [...].

 Fonte: Público

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Como é isto possível?!



Jovem de 21 anos queixa-se de agressão na noite de São João por um fiscal que estava a trabalhar na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto. “Aqui não entras [no autocarro], preta de merda!” A rapariga ficou com traumatismo facial depois dos socos. 

Fonte: Público

domingo, 24 de junho de 2018

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Welcome to the cast of Oklahoma!

Bruxelas, Outubro 2002
O meu neto Hugo fez uma audição para entrar num grupo de teatro internacional... e soube ontem que foi admitido. Well done, Hugo!  
O espectáculo terá lugar em Bruxelas no mês de Novembro.



quarta-feira, 20 de junho de 2018

O que faz falta é avisar a malta



Rui Tavares (Público, 20 de Junho de 2018)

Acabaram-se as crónicas a alertar para a possibilidade de um regresso do fascismo: ele aí está, inconfundível e indesmentível. Quando o governo dos EUA separa crianças dos pais para as encerrar em campos de detenção. Quando o ministro do interior da Itália diz que vai fazer um censo para expulsar todos os ciganos estrangeiros e acrescenta que “infelizmente teremos de ficar com os ciganos italianos porque não os podemos expulsar”. Quando o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, faz um discurso dizendo que “nenhum compromisso europeu será possível em matéria de imigração e asilo” porque “a Hungria é contra a mistura” com povos estrangeiros. Quando tudo isto acontece, o regresso do fascismo já se deu. Sem eufemismos e sem pleonasmos. [...]

domingo, 17 de junho de 2018

"Aquele golo", prosa poética de MEC


Miguel Esteves Cardoso (PÚBLICO, 16 de Junho de 2018)

Foi estranho o que aconteceu ao tempo durante o livre de Cristiano Ronaldo. Parou. Mas abriu só o suficiente para entrar a bola na baliza.
Foi como observar um pensamento ou um sonho de um rapaz pequeno. Estava lá a eternidade. Estava lá a ilha da Madeira. O guarda-redes ficou preso à trajectória. Todo o mundo parou. Só a bola foi autorizada a mexer-se.
Visto em directo, o golo de Cristiano Ronaldo parecia já uma repetição, em câmara lenta, de um livre muito antigo que se estuda nas universidades muito lá para o futuro, quando já estivermos todos mortos.
A bola seguiu o caminho desejado em todos os nossos inconscientes, curvando como a linha feita por um dedo a escrever o nome num vidro embaciado.
O golo interrompeu o jogo que era um vaivém de esforços e sortes e vinganças. Disse que estava farto de pressas e de incertezas e de medos. Fez com que um empate soubesse a derrota, fez com que um empate soubesse a vitória.
O livre de Cristiano Ronaldo foi um jogo à parte. Foi jogado contra a ideia que contra a Espanha ele não marcava golos. Foi jogado contra a ideia que ele já não era quem tinha sido. Foi jogado contra a noção que à Espanha ninguém marca três golos.
Foi um livre como música. Tocada por Miles Davis. Ou um gatafunho de Picasso a completar a única pomba do mundo. Foi um golo para espantar toda a gente menos o próprio marcador. Por uma vez a coisa correu como ele quis: a vontade e a realidade desistiram de andar à pancada uma com a outra. Assim se abriu uma brecha no tempo.