domingo, 25 de junho de 2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Fátima Afonso vence Prémio Nacional de Ilustração


A ilustradora Fátima Afonso venceu a 21.ª edição do Prémio Nacional de Ilustração com o livro Sonho com Asas, anunciou esta quinta-feira a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
Reunido esta quinta-feira de manhã, o júri decidiu atribuir o prémio a Fátima Afonso pelo conjunto de ilustrações do livro Sonho com Asas, com texto de Teresa Martinho Marques, editado em 2016 pela Kalandraka.


Relativamente à atribuição do prémio, o júri disse que Sonho com Asas contém imagens de "enorme valor poético e carga metafórica".
Ao referir que o livro está "repleto de pormenores narrativos que convidam a uma leitura pausada e em profundidade", o júri sublinha ainda que a ilustradora mobiliza uma "paleta em tons pastel que viajam entre o ocre do sol e os azuis do céu e do mar".
"Fátima Afonso recorre a um conjunto de estratégias de composição gráfica que leva o leitor a tirar os sapatos e a ganhar asas para se elevar no universo dos sonhos", acrescenta o júri.


Nascida em Torres Novas (Ribatejo) em 1962, Fátima Afonso é licenciada em pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, é ilustradora e professora de Artes Visuais. A partir de 2000 dedicou-se à ilustração de livros para crianças, contando actualmente com mais de 20 livros publicados, de acordo com a biografia disponibilizada pela DGLAB.
Em 2012 integrou o grupo de ilustradores que representou Portugal na exposição Como as Cerejas, apresentada na Feira do Livro Infantil de Bolonha quando Portugal foi país-tema. Dois anos mais tarde, o projecto Sonho com Asas, que viria a ser publicado como livro, valeu-lhe o 2.º Prémio do VII Prémio Internacional Compostela de Álbuns Ilustrados (e ainda a nomeação pela Sociedade Portuguesa de Autores como melhor livro de literatura infanto-juvenil 2017).

 
Fátima Afonso, Margarida Noronha (Kalandraka) e Teresa Martinho Marques
aquando da gala SPA/RTP de nomeação dos "melhores" (Março, 2017)

O júri foi constituído por Susana Lopes Silva, da Escola Superior de Educação do Porto, Rita Pimenta, jornalista e autora do blogue Letra Pequena, e Vera Oliveira, técnica superior da DGLAB. Nesta edição do Prémio Nacional de Ilustração foram avaliadas 82 obras publicadas por 33 editoras e ainda duas edições de autor, com ilustrações de 66 artistas e textos de 65 autores.
O Prémio Nacional de Ilustração foi criado em 1996, é atribuído pela DGLAB e visa promover o reconhecimento da ilustração original e de qualidade nos livros para crianças e jovens. O galardão é atribuído anualmente e distingue um ilustrador pelo conjunto de ilustrações originais publicadas numa obra editada no ano anterior, podendo distinguir dois ilustradores através da atribuição de duas menções especiais.
O prémio tem o montante de 5 mil euros, acrescido de uma comparticipação de 1.500 euros destinada a apoiar uma deslocação à Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. 

 Fátima Afonso desenha artisticamente os seus autógrafos...

quinta-feira, 22 de junho de 2017

J.E. Agualusa ganha prémio internacional

José Eduardo Agualusa é o vencedor do International DUBLIN Literary Award
O romance Teoria Geral do Esquecimento valeu ao escritor angolano o maior prémio literário para uma obra de ficção publicada em inglês.
José Eduardo Agualusa junta, assim, o seu nome a uma lista de premiados que inclui Michel Houellebecq, Herta Müller e Orhan Pamuk (Nobel da Literatura), que também estava na corrida este ano.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Especialistas instantâneos, há muitos

O país não precisa de quem diga o que está errado,
precisa de quem saiba o que está certo.
Agustina Bessa-Luís


Rui Tavares (Público, 21.Junho.2017) 
É solitário não se ser especialista instantâneo em incêndios por estes dias. Eu não sabia que vocês eram tantos na nossa vida: às vezes parece que por detrás de cada telemóvel e de cada teclado, de cada microfone e página de jornal, de cada câmara e em cada estúdio, há um especialista instantâneo em incêndios... 

terça-feira, 20 de junho de 2017

Melhor recompensa (para um Professor) não há!

A minha filha Maria Helena, que é Educadora de Infância desde 1983/84 e percorreu diversas regiões até se efectivar no Vimeiro (Lourinhã), teve agora conhecimento de um inesperado testemunho via FB de uma sua ex-aluna de Famalicão (Nazaré). Eis o comovente escrito:


Olá Lena, eu já tinha enviado mensagem privada, porque ainda andei algum tempo à sua procura por estas bandas. Não, não a quero perseguir, só lhe quero agradecer por ter sido tão importante na minha infância, pelo menos eu sinto que foi, tanto foi que desde que foi minha educadora eu sempre disse que queria ser como a Lena.
Concretizei o meu sonho e agora partilho da sua profissão, que acho tão importante.
Quando me lembro de si, faço-o sempre com carinho e muita nostalgia, pois ao longo dos meus 30 anos a sua doçura, paciência e olhar carinhoso nunca se esvairam da minha memória.
Quero só agradecer pelo que foi para mim quando era tão pequena que, sem saber, influenciou o meu futuro. Espero que um dia os meus meninos me relembrem com tanto carinho como eu me lembro de si.
Um grande beijinho recheado de carinho.

domingo, 18 de junho de 2017

Sonho com Asas na Feira do Livro de Lisboa

Ilustrações do livro Sonho com Asas  (texto de Teresa Martinho Marques e pinturas de Fátima Afonso) foram utilizadas para ornamentar o stand da editora Kalandraka.
Sonho com Asas foi nomeado pela Sociedade Portuguesa de Autores como melhor livro de literatura infanto-juvenil 2017. Ver AQUI



Incêndio trágico em Pedrógão Grande



sábado, 17 de junho de 2017

Morreu Helmut Kohl (1930-2017), um grande europeu



Teresa de Sousa (Público, 17.Junho.2017) 

No dia 11 de Janeiro de 1996, 61 chefes de Estado e de Governo reuniram-se na Notre Dame, em Paris, para prestar a última homenagem a François Mitterrand. A figura de Helmut Kohl, o chanceler da Alemanha, destacava-se inevitavelmente entre os convidados. Imóvel, as lágrimas caíam-lhe pelo rosto. Perdia um amigo, um homem excepcional que partilhou com ele os infortúnios da História europeia mas também a capacidade de a salvar do seu próprio passado. Ambos tinham vivido a guerra. O Presidente francês, mais velho, vivera os terríveis dilemas morais da mais envergonhada das derrotas. Foi prisioneiro de guerra. Entrou na Resistência. O mais novo conheceu a tragédia da guerra na sua cidade natal, Ludwigshafen, na Renânia, mil vezes bombardeada pelos aviões aliados, numa família modesta de católicos fervorosos e pouco amigos de Hitler. Foi recrutado aos 15 anos para o corpo de bombeiros. Viu o seu irmão mais velho morrer na frente de batalha da Normandia, em 1944. Quando quis dar o seu nome, Walter, ao seu filho mais velho, a mãe avisou-o de que estava a tentar o destino. “Mãe, prometo-lhe que ele não morrerá numa guerra entre Estados europeus.” A paz transformou-se no objectivo de uma longa vida política. Comungou com Mitterrand a convicção profunda de que “o nacionalismo é a guerra”. Nesse dia, em Paris, despedia-se de um amigo com quem garantiu que a Alemanha unificada continuaria a fazer parte de uma Europa unificada: o seu grande sonho político, que nunca abandonou.

François Mitterrand e Helmut Kohl (Verdun, 22 Setembro 1984)

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Um equívoco que mete vacas castanhas

Há muitos americanos equivocados
Mais de 16 milhões de americanos acham que o leite com chocolate provém de vacas castanhas. Estudo realizado sobre a população adulta dos EUA volta a pôr a descoberto a iliteracia agrícola no país.

A eleição de Trump terá sido um sinal de iliteracia política?

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Mapa geográfico de citações bibliográficas

Citing Articles Network
The map graph below displays (up to) the top 500 geographic locations for publications that have cited this researcher. 


Only items on the researcher's publication list that were added from the Web of Science Core Collection are used to generate data for the graphs/map.

Manuel Alegre, Prémio Camões 2017


Manuel Alegre é o vencedor do Prémio Camões

O escritor é o 12.º autor português a receber aquele que é considerado o mais importante prémio literário destinado a autores de língua portuguesa.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Assim é que é falar...

Foi no Museu do FC Porto que Sérgio Conceição foi apresentado nesta quinta-feira como novo treinador do clube para as próximas duas temporadas. Na cerimónia, o agora técnico dos portistas foi frontal: "Quero dar a todos os portistas a alegria de conquistar títulos. Foi para isso que aceitei este desafio. Foi por amor ao clube que vim e estou convencido que em Maio vou conseguir estar feliz e os portistas também."
Sérgio Conceição também não teve falsas modéstias: "Não venho para aqui aprender. Venho para aqui ensinar. Em sete anos de treinador, tive equipas que tentei ao máximo potenciar. Estamos preparadíssimos para este desafio."

Obras no Largo do Leão (X)


 



Pedro Barroso elogiado por Bagão Félix!


António Bagão Félix (Público, 04.Maio.2017)

Hoje “Tudo menos economia” é mesmo isso. “Artes do futuro”: título que dá nome ao último CD de Pedro Barroso (PB). Não o conheço pessoalmente, mas acompanho com redobrado gosto as suas criações musicais e poéticas. Na senda dos anteriores álbuns, este CD oferece-nos uma obra de inegável qualidade e sensibilidade.
PB não é autor de concessões ao fácil, ao “light”, à fama fútil e efémera. Soube criar, com mestria, a sua forma ímpar de estar no mundo da interpretação e da criação musical e literária. A sua música tem um especial sabor épico, que a sua forma de a transmitir acentua sublimemente. Os seus temas cruzam tempos numa simbiose natural de vivências e memórias, anseios e esperança, sonhos e utopias, de “passado contido no futuro” e de futuro prenhe de pretérito. Nele, a portugalidade é enaltecida e jamais olvidada (“a nação ternura”), sem, porém, esquecer o que não nos enobreceu ao longo da (nossa) descoberta.
As suas letras e músicas são genuinamente simples. Todavia, não simplificadas. Simples, no que isso implica de complexidade de se atingir a naturalidade perfumada da síntese. Gosta de se debruçar sobre o tempo da vida e sobre a vida no tempo. Entre a tradição respeitada e a invenção sonhada. PB fala-nos da sátira (realista) do “engenheiro comendador”, para logo a seguir nos convidar a sentar “à mesa com o futuro” e dizer-nos, cantando:
Os mais justos, os mais simples e discretos
Genuínos, imperfeitos e inseguros,
Serão eles – os sonhadores irrequietos
Que vão sentar-se à mesa…
Com o futuro!
E em jeito de “post scriptum” termina esta sua nova obra com energia:
Um homem sem sonhar não faz futuro
Um homem que não sabe dizer não
Nem busca iluminar tudo que é escuro
Um homem sem sonhar perde a … razão…
 “Artes do futuro” é uma bela homenagem à liberdade de se ser e de sonhar, um preito sublime à justeza e justiça da quase sinestésica expressão ética dos sentidos e das sabedorias (“um mundo onde os poetas não sejam estudados como anormais, e os homens justos, e as gentes de estudo sejam distinguidos. E a sabedoria seja infinda e livre e nunca demais e então se publique, por decreto urgente – a lei dos sentidos!”). E é também um preito à esperança. À que exige a certeza da incerteza, a que radica na interrogação, na excelência da dúvida, no esforço da busca, na têmpera. A que não se conforma com a auto-suficiência, a resignação bloqueadora e a negatividade sistemática. Afinal o espanto do esperanto dito na canção dedicada à sua neta Constança, em nome do futuro:
Vem-me aos braços, que eu não me envergonho
Planta o mundo todo qu’inda houver
Traz a alma, que eu trago o meu sonho
E o espanto pode acontecer
Uma obra como acto de discernimento com coragem. Pela diferença. “Música bonita com palavras inteligentes”. Num terreno adverso, discriminatório, solipsista, onde é lastimável o monopólio da “pimbice” com palco permanente e onde se tratam, em regime de rodapé, artistas e obras que nos orgulham e nos encantam. Para este “Manual de sobrevivência para sonhadores” – assim intitula PB esta obra –  o meu muito obrigado!

terça-feira, 6 de junho de 2017

João Gregório é vendedor de dia e astrónomo à noite


Teresa Serafim (Público, 06.Junho.2017)

É tão quente que até se pensou que fosse uma estrela. Mas não, o KELT-9b é um exoplaneta muito perto da sua estrela. Um astrónomo amador português foi quem começou por observá-lo inicialmente. João Gregório, de 56 anos, vende cozinhas e electrodomésticos de dia e à noite dedica-se à astronomia. No seu currículo já tem 14 exoplanetas.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Dia do Ambiente: Calma, o mundo não acaba hoje!

Se todos fossem iguais a nós...
Se todas as pessoas no mundo usassem os recursos do planeta como os portugueses, na segunda-feira (hoje!) estes acabavam, alertou este domingo Francisco Ferreira o presidente da associação ambientalista ZERO, em vésperas do Dia Mundial do Ambiente. 
Fará sentido utilizar cenários não-realistas para tirar conclusões bombásticas?

sábado, 3 de junho de 2017