quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rómulo de Carvalho - MEMÓRIAS

«Rómulo de Carvalho, o professor, mestre de professores e pedagogo, que se notabilizou também como investigador do pensamento e da actividade científica em Portugal no século XVIII, deixou-nos mais de um de milhar de páginas manuscritas a que deu o título de “Memórias”, escritas segundo nos diz “para instrução e divertimento de seus tetranetos”. Aí nos fala da sua vivência na sociedade em que nasceu, se tornou adulto e trabalhou, ao longo de quase um século de vida. Fala-nos do “nascimento” do poeta António Gedeão e do acolhimento que teve a sua poesia entre os que a leram ou puderam ouvi-la, dita por ele ou por outros, musicada e cantada.

As “Memórias” de Rómulo de Carvalho vêm agora a público numa edição lançada pela Fundação Calouste Gulbenkian através do seu Serviço de Educação e Bolsas. Com o humor, a independência de espírito, e agudeza crítica, que eram características marcantes da personalidade do autor, este desvenda-se aos olhos do leitor deixando entender a sua particular visão do mundo e da história, e da comunidade dos homens e mulheres que fazem essa mesma história. Rómulo de Carvalho, nascido quando em Portugal reinava o Senhor D. Carlos, fecha as suas “memórias” três semanas antes de nos deixar em Fevereiro de 1997, com uma linha em branco para que nela fosse inscrita a data da sua morte.

A forma simples e directa de expressão, usando sempre as palavras certas para descrever a realidade tal como o autor a vê, permite olhar a obra como “o romance de uma vida” que interessará a um vasto público mas é ao mesmo tempo rica de informação, em especial no que toca à evolução da escola e do ensino entre nós, vistos de dentro por alguém que confessa ter escolhido a profissão “por amor”.»

in http://www.gulbenkian.pt/

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