“Carta ao Director” que dirigi ao jornal PÚBLICO e foi publicada hoje:
Segundo uma notícia do PÚBLICO de 23.Dez.2010, «o primeiro-ministro defendeu que há três principais razões para apostar num veículo eléctrico: “Não faz barulho, não tem emissões e liberta os países da dependência do petróleo, promovendo as energias renováveis”». Que a Nissan apresente o seu carro eléctrico como sendo de “zero emission” percebe-se, mas compreende-se menos que o primeiro-ministro (que se diz engenheiro e até já foi ministro do Ambiente) acompanhe fielmente essa publicidade.
É um facto que um carro eléctrico (não-híbrido), durante a sua utilização, não produz directamente gases com efeito estufa como acontece com os automóveis movidos a gasolina, gasóleo ou gás. O mesmo não se pode dizer quando se tem em conta a produção da electricidade que está na base do carregamento das baterias utilizadas pelos carros eléctricos.
Sendo indistinta na sua proveniência a electricidade que alimenta as baterias, pode-se afirmar com segurança que os carros eléctricos têm um impacte ambiental não-nulo, ou seja, a “emissão zero” é uma ficção. Por alguma razão os ambientalistas recomendam que se economize energia eléctrica apagando luzes, substituindo lâmpadas, desligando aparelhos...
Ilustração in: http://radames.manosso.nom.br/ambiental/transporte/transporte
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