Carlos
Fiolhais, PÚBLICO, 14.Maio.2014
[…] Portugal,
apesar de acabrunhado por uma crise profunda, mal explicada e mal gerida, é
hoje um país europeu de parte inteira. É certo que os portugueses, quando forem
a 25 de Maio às urnas eleger os seus representantes no Parlamento Europeu,
pensarão acima de tudo em questões internas (aumento de impostos, desemprego,
degradação do Estado social). E é também certo que muitos portugueses,
principalmente os mais jovens, nem sequer se deslocarão para votar, desiludidos
como estão com os partidos e com as instituições políticas. No entanto, nesse
dia muito se jogará do nosso futuro colectivo daqui até aos Urais, já que a
margem de manobra dos estados nacionais no Velho Continente foi truncada em
favor de um projecto comum. Ainda que com incertezas e contradições, a Europa
dos Estados está a dar lugar à Europa da União. A aventura vai continuar e nós
podemos dar um contributo para o guião. […]
Sem comentários:
Enviar um comentário