«[...] A indignidade estigmatizadora de pessoas atinge um patamar
de vómito quando se pondera a criação de um imposto especial sobre quem já
viveu mais anos e que já cumpre há mais tempo as suas obrigações para com a
sociedade, desempenhou funções profissionais e agora vive o período da sua vida em que é suposto auferir as pensões
que acumulou ao longo da sua vida profissional. Só que na mesma linha do
seu companheiro de partido, o deputado Carlos Peixoto, o primeiro-ministro investe contra a “peste grisalha”, fala dos
reformados como de velhos que pesam na sociedade. Como se achasse que as pessoas mais velhas têm de ser punidas por estar
vivas, por ainda não terem morrido e usufruírem de dinheiro que acumularam.
[...] Mas o objectivo de Passos [Coelho] não passa pelas eleições. É, sim, desfazer o modelo económico-social e sabe que isso só resulta se for rápido. Assim, carrega onde é fácil carregar, até porque é suposto que os velhos não partam montras.»
in PÚBLICO,
11.Maio.2013 (p.41)
E se os velhos partissem montras?
São José
de Almeida
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