quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

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No passado mês de Março, dirigi uma mensagem a PRC, da Antena2, que não conhecia nem conheço pessoalmente:
Exmo. Senhor
Ando há algum tempo para lhe enviar esta mensagem, só que hesitei muito.
Queria dizer-lhe que gosto do seu programa, da selecção musical, da sua dicção, da sua apresentação, mas... por vezes há um (pequeno) senão: a meu ver, utiliza a palavra "ora" em excesso, que me "arranha" os ouvidos e, porventura, outros igualmente sensíveis. Corrigido este senão, tudo ficaria perfeito (para mim).
Se entender que faz sentido esta observação, tanto melhor.
Se entender o contrário, não é daí que vem mal ao mundo...
Cordiais saudações,
Eduardo Martinho

No mesmo dia recebi a seguinte missiva:
Caro Eduardo Martinho,
Antes de mais, agradeço o seu contacto, bem como as amáveis palavras que me dirige...
Quanto ao "ora", é uma espécie de "muleta" (existem outras) que apanhamos para nos ajudarem a, por exemplo, mudar de assunto, fazer parêntesis, ganhar tempo, etc. Estas "muletas" dão, por vezes, jeito para o tipo de programas que faço, em directo, mas percebo que sejam indesejáveis para os ouvintes. E muitas vezes não percebemos que estamos a usá-las em demasia, porque, como disse, os programas são feitos em directo. Sendo gravados seria muito simples eliminá-las.
Vou aceitar de bom grado a sugestão e tentar não utilizar estes recursos em demasia, mesmo porque não o faço de forma totalmente consciente.
Cumprimentos,
PRC

Num tempo de muitos convencimentos, afigura-se-me de assinalar a reacção humilde e descomplexada de PRC face à observação que lhe fiz. Melhor ainda: dez meses decorridos desde então, é com prazer que venho constatando que a citada “muleta” deixou de ser utilizada, decerto para satisfação dos ouvintes da Antena2. Parabéns PRC!  

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