quinta-feira, 30 de novembro de 2017
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Infarmed, afinal parece que é só uma "intenção"...
A presidente do Infarmed,
Maria do Céu Machado, avisa que, se houver mudança para o Porto, perderemos
“muitos milhões” de euros em processos europeus de avaliação de medicamentos.
sábado, 25 de novembro de 2017
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Sr. Luís, falta contabilizar o tempo do "pacote"...
O primeiro-ministro disse (entrevista à Antena-1) que a transferência do Infarmed estava prevista há muito, pois fazia parte do "pacote" da candidatura do Porto à Agência Europeia do Medicamento... Como assim? Não teremos aqui mais um problema?
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Em tempo de seca, a crónica hoje mete água
Em Maio de 1995 escrevi um
texto intitulado “A crónica hoje mete água”, que foi publicado no semanário O
MIRANTE. Numa altura em que Portugal se debate com uma situação de seca extrema ou severa,
e há recomendações no sentido de se poupar o bem comum que é a água, pareceu-me oportuno
retomar dois parágrafos desse texto.
A água é um bem essencial à
vida das sociedades humanas. Toda a gente sabe isso, dir-se-á. Não tenho a
certeza de que seja assim. Duvido que tenhamos plena consciência do privilégio
que constitui abrir uma torneira e ver correr a água de que necessitamos.
Duvido que sintamos verdadeiramente o imperativo de que tudo deve ser feito,
aos diversos níveis de responsabilidade, para preservar e gerir da melhor
maneira os recursos hídricos disponíveis, que são escassos. Só assim se
compreende, por exemplo, que haja quem desperdice água insensatamente; quem
polua irresponsavelmente os rios; quem não se preocupe com a armazenagem
controlada dos resíduos perigosos e, com isso, ponha em causa reservatórios de
água; quem ponha os campos de golfe acima dos campos de cultivo; quem ponha o
betão acima das pessoas.
É preciso ter a noção de
que, no mundo, milhões de seres vivos morrem à míngua de água, que há povos que
lutam pela sua posse. E mais: que este cenário tende a agravar-se no futuro
próximo, em ritmo acelerado. A água será «o petróleo do século XXI», como
alguém já lhe chamou, um factor estratégico de riqueza e bem-estar. E não vale
a pena invocar as supostamente tranquilizadoras relações de boa vizinhança,
seja entre pessoas ou países. Nem vale a pena, se não mudarmos de mentalidade e
de filosofia de vida, falar de solidariedade. Este conceito é bom para
tranquilizar a má consciência. É fácil falar de solidariedade, quando não
sentimos na carne necessidades vitais. Na hora do aperto, será o salve-se quem
puder. E isto não se passa apenas com os “outros”. Aqui bem perto, no
ressequido Alentejo, um recente gesto de solidariedade suscitou logo reacções
primárias de sentido contrário. Parafraseando a fala cínica de um personagem do
filme “O regresso a Howards End”, estamos a caminho de sentenciar o seguinte: «Os
carenciados de água existem não para que os ajudemos, mas para que possamos ter
pena deles»!
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
E não era só a água das termas de Vidago...
Patrícia Carvalho (PÚBLICO online, 22.Nov.2017)
Nos anos de 1920, as termas de Vidago tinham para vender
“Água medicinal poderosamente radioactiva”.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Cada professor é um professor
João Miguel
Tavares (PÚBLICO, 21.Nov.2017)
Eu sou um produto, para o bem e para o mal, da escola e
da universidade públicas. Nunca andei em instituições privadas. Três dos meus
quatro filhos frequentam a escola pública, e a mais nova só não frequenta
porque ainda tem cinco anos. Há razões financeiras para esta escolha, pois os
filhos são muitos, mas há sobretudo razões de princípio: acredito na
importância do ensino público; frequentei-o numa época em que era menos
exigente do que hoje e não me dei mal; prefiro que os meus filhos cresçam longe
das bolhas elitistas (sem desprimor) que são os melhores colégios privados;
acho até que certas limitações próprias da escola pública têm vantagens em
termos de autonomia e de resiliência (se os pais desempenharem bem o seu
papel); e prefiro investir o dinheiro que poupo na mensalidade dos colégios em
actividades extracurriculares, ou a viajar com os miúdos para fora do país nas
férias do Verão ou da Páscoa, para ganharem mundo.
Este primeiro parágrafo serve dois objectivos: demonstrar
que sei do que falo quando falo da escola pública, e tentar afastar o
preconceito de que quando critico Mário Nogueira, os sindicatos ou certos
privilégios da classe estou a atacar cada professor em particular. Deixem-me
ser claro quanto a isto, correndo o risco de parecer foleiro: não há mais belo,
nem mais nobre trabalho do que o de professor. De nenhuma outra profissão tanta
gente algum dia disse “graças a ele, a minha vida mudou” ou “nas suas aulas,
descobri a minha vocação”. Tive professores extraordinários, tal como os meus
filhos tiveram professores extraordinários. Mas, como é óbvio, também existe o
outro lado: tive péssimos professores, tal como os meus filhos já tiveram
péssimos professores.
Há décadas que se reconhece a importância de tentar
distinguir uns dos outros, para que os extraordinários possam ser devidamente
premiados, e os péssimos necessariamente penalizados. Há décadas que esse
exercício é um fracasso. Continuamos a alimentar este paradoxo: os professores
são a corporação mais poderosa do país, embora poucas profissões estejam tão
radicalmente dependentes do carisma individual de quem a exerce. Ser professor
é estar sozinho, durante infindáveis minutos, à frente de uma plateia
heterogénea e resmungona, que necessita de ser diariamente conquistada. Não
existe, nem nunca existiu, essa entidade abstracta chamada “os professores” –
existem dezenas de milhares de indivíduos a desempenhar uma função singular e
complexa, que de forma alguma podem ser confundidos com um grupo profissional
homogéneo, como se fossem mineiros, estivadores ou trabalhadores numa linha de
montagem.
A grande vitória da Fenprof e dos Mários Nogueiras desta
vida foi terem conseguido transformar um grupo de indivíduos heterogéneos num
conjunto compacto de funcionários públicos, onde excelência e mediocridade são
amalgamadas em nome dos “direitos da classe”. Sendo o papel do mérito mínimo em
termos de progressão na carreira, o professor de treta tem boas probabilidades
de estar a ganhar o mesmo do professor extraordinário ao fim de 30 anos de
ensino. E sabem o que é mais ridículo? É que toda a comunidade escolar – pais,
alunos, professores, funcionários – sabe perfeitamente distinguir um do outro.
Podiam até apontá-los a dedo. Só que apontar a dedo é feio, e os sindicatos,
lamentavelmente, preferem desde sempre a protecção dos professores medíocres à
valorização daqueles que ainda hoje marcam a vida dos seus alunos.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
A água falta, desavenças (várias) à vista !
"Se isto não mudar no Tejo, tudo vai morrer, tudo". O Tejo está a morrer em Espanha, dizem activistas de defesa do rio, especialistas e autarcas. Se morre onde nasce não chegará onde desagua.
sábado, 18 de novembro de 2017
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Catarina Furtado, "a namoradinha de Portugal"?!
O artigo é assinado como sendo “Presidente da Associação Corações com Coroa; embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População”. Até aqui, nada a dizer.
Mas, depois, a seguir a “presidente...” e “embaixadora...”, diz-se “A namoradinha de Portugal” (assim mesmo, a negrito e tudo). Que é isto? A propósito de quê? Quem decidiu este merecimento num jornal de referência?
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Greve dos Professores
[...] Maria de Lurdes Rodrigues
começou, perversamente, a destruir a carreira profissional dos docentes. Tiago
Brandão Rodrigues, que prometeu lutar radicalmente por ela, fugiu depois pela
porta de uma garagem. António Costa acaba de a fazer em cacos. Se outras não
houvesse, esta era razão mais que suficiente para a greve que acontecerá no dia
em que estas linhas vierem a lume e no dia em que os deputados discutirão o OE
para a Educação. [...]
Fonte: PÚBLICO
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Maria de Sousa, Prémio Universidade de Lisboa
Maria de Sousa recebeu o
prémio da Universidade de Lisboa 2017.
E evocou Bernardino Machado: uma nação “que nada cria, inventa e descobre, e apenas vive de empréstimos materiais ou espirituais”, não está longe de perder a sua autonomia.
E evocou Bernardino Machado: uma nação “que nada cria, inventa e descobre, e apenas vive de empréstimos materiais ou espirituais”, não está longe de perder a sua autonomia.
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Panteão Nacional: afinal, qual é o problema?
O jantar da Web Summit
foi o terceiro evento organizado este ano.
Rui Tavares
domingo, 12 de novembro de 2017
sábado, 11 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Faz hoje um ano que sou o “dono disto tudo”...
Um país, dois partidos do sistema em risco de desaparecerem
A eleição de Trump foi o
tiro de partida para uma batalha feroz...
terça-feira, 7 de novembro de 2017
"Street Art" no Vimeiro (II)
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
E os piratas somos nós?
Os Paradise Papers revelam
investimentos da Rainha de Inglaterra em fundos nas ilhas Caimão e ligações à Rússia do
secretário do Comércio dos Estados Unidos da América.
Diogo Queiroz de Andrade
(Editorial, PÚBLICO, 06.Nov.2017)
Não, a utilização de
offshores não é necessariamente ilegal.
Mas é completamente imoral.
Mas é completamente imoral.
domingo, 5 de novembro de 2017
sábado, 4 de novembro de 2017
A porta
A porta era a fronteira entre o azul e a sombra. Os pés esticavam mais e mais… quase a tocar o infinito. Havia naquele balançar um embalo silencioso… o corpo para cá… para lá… os limites da cal abraçando o movimento. O corpo dormente… o olhar hipnotizado… quantas viagens?... quantos sonhos voados?… quantas estradas percorridas? Sair do refúgio no regaço cheiroso dos suspiros…
Ousar imprimir outro ritmo… a
luz… a noite… a luz… a noite… o corpo sempre a crescer… os dedos apontando o
céu… Ecos de madeira crepitando no negro do fogão… o cheiro a laranja no ar… o
cheiro a laranja no corpo… o açúcar lambido dos dedos, gulosamente… a saia
voando como uma labareda… para cá… para lá… O sonho de - quem sabe? - um dia … estar ali e já não estar… ter
ficado apenas aquela corda, e um pedaço de madeira… a alma de uma árvore ali
suspensa e aquela toada… a luz… a noite… a luz… a noite…
A paz inalada e branca no
corpo tisnado e sujo… no corpo cansado da terra… Os pés esticando sempre mais,
num desafio de voo… o desejo de ficar assim para sempre… para sempre a
idealizar o mergulho no mundo para lá daquela porta…
Nas traves do tecto baixo a
avó pendurara um baloiço…
Pela porta aberta só os anjos
podiam ver umas pernas que vogavam para cá… para lá… e aquela saia esvoaçante
era a brisa dos seus dias.
Helena Martinho
03.Novembro.2017
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