terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ele botou fala em vão...



[…] Lembramos até, o caso de Paulo Portas, quando era ministro da defesa e botou fala na cerimónia comemorativa dos 100 anos do Instituto Militar dos Pupilos do Exército, em 2011.
Disse então S. Excelência e mestre em demagogia: “Eu não me arrependo de, porventura contra ventos e marés, ter tomado a decisão de não deixar encerrar os Pupilos do Exército. O custo de uma decisão tecnocrática e simplista como essa significaria o desaparecimento de uma instituição secular que tem um lugar próprio no ensino das Forças Armadas, e que tem méritos destacados na história do ensino militar em Portugal” e continuava sempre no mesmo estilo: “A nota institucional que eu queria deixar tem a ver com a importância do ensino na Instituição Militar. Eu faço parte daqueles que acreditam que Portugal é um país forjado por soldados e que não teria a sua independência garantida sem as Forças Armadas”; “…dir-vos-ia, por isso, que os Pupilos do Exército… fazem todo o sentido neste século XXI…
Mas, saído do pelouro, que para mal dos nossos pecados nunca deveria ter ocupado, esqueceu-se rapidamente dos méritos dos estabelecimentos militares de ensino, que tanto elogiou, e sendo vice primeiro - ministro de um governo, que relativamente a fardas só faz disparates, deixou cair o Instituto de Odivelas como se de um trapo velho se tratasse! […]

in “O lamentável encerramento do Instituto de Odivelas”
João J. Brandão Ferreira, PÚBLICO, 07.Set.2015


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