domingo, 6 de janeiro de 2013

O figurão de 2012 e as tarefas urgentes em 2013

O figurão do ano
Carlos Fiolhais
PÚBLICO, 26.Dez.2012
Os media escolhem, nesta época, as figuras do ano. Para figura do ano a Time escolheu Barack Obama e, entre nós, o Expresso escolheu Angela Markel e o contribuinte português para figuras respectivamente internacional e nacional. Proponho-me aqui escolher o “figurão do ano” e o escolhido não pode deixar de ser Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
Em Portugal, no ano que ora finda, foram muitos os figurões. Na cena política, mas também nas cenas académica, empresarial, mediática, autárquica e desportiva, vários foram os personagens que, tentando sobressair, caíram no palco com estrondo. A escolha foi, porém, fácil, pois nenhum desses insucessos foi tão grande como o de Relvas, que, figurando em todas essas cenas, não houve nenhuma em que não caísse. (Texto completo aqui.)

As coisas urgentes que temos de fazer em 2013
José Vítor Malheiros
PÚBLICO, 31.Dez.2012
Tivemos 2012 com esta mistura de espanto e de indignação, de urgência e de impotência, de revolta e de desespero, de ódio e de vergonha. Sabemos que batemos no fundo em termos de bem-estar, de solidariedade social, de moralidade no Governo, de dignidade na política, de exercício da cidadania, de democracia, de confiança nas instituições, de confiança uns nos outros, de confiança no futuro, de dignidade. Sabemos que começamos a ter vergonha de nos olhar nos olhos na rua, que as costas estão mais curvadas, as roupas mais baças, as expressões mais carregadas. Sabemos também que este fundo em que caímos se vai afundar ainda mais e que novos abismos se vão abrir em 2013 porque a decência deste Governo é inexistente, porque os interesses inconfessáveis que serve não se encontram em nenhuma linha da Constituição. Sabemos que as coisas podem sempre piorar e que, em 2013, as coisas vão mesmo piorar. Mas sabemos também que as coisas não podem piorar ainda mais sob pena de ficarem piores para sempre e de condenarmos o país ao desalento e à miséria eterna. O que fazer?
(Texto completo aqui)

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