sexta-feira, 31 de março de 2017

Trumpolinice

Um micro bê-á-bá para Donald Trump
Bárbara Reis
Querer ressuscitar as minas de carvão americanas é provavelmente tão eficaz como voltar a construir zeppelins para dar trabalho a mais pilotos e hospedeiras.

As razões de Trump contrariam décadas de investigação e tendências internacionais e não têm nenhuma base sólida. Nem na ciência, nem na política, nem na economia.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Bruno Martinho, Character Artist/3D Generalist

Sith Lightsaber Concept 
Freelance work, Sith lightsaber designed and modeled for a client. Resources
used: Pixel Sagas' Aurebesh font; Engine and Wings IMM from BadKing





terça-feira, 28 de março de 2017

Os árbitros são vítimas de desbocamentos...

Eu gosto de futebol. Quando era mais novo, até fiz parte da equipa júnior da Académica de Santarém e, vinte anos mais tarde, cheguei a ser presidente da assembleia-geral do F.C.Alverca. Em termos clubísticos, sou “medianamente” adepto do Benfica; eu explico: era fã quando o Benfica só tinha jogadores portugueses. Agora o futebol é um negócio para dirigentes sofríveis com ambições pessoais e para jogadores de muitas e variadas paragens. Talvez por isso, a arbitragem é fértil em discussões, disputas e acusações. Os árbitros acabam por ser os alvos mais fáceis: são eles os causadores de maus resultados, responsáveis por más contratações e piores classificações, além de outras malfeitorias. Resultado: tem havido agressões a árbitros, esperando-se apenas que danos irreversíveis não ocorram.


Para além da impreparação cultural do povo português, parte significativa da responsabilidade pela situação da arbitragem está na importância excessiva atribuída ao futebol pelos órgãos de comunicação, em especial por vários canais de televisão, onde discorrem inúmeros jornalistas e comentadores desportivos durante tempos infindos. Antes do 25 de Abril dizia-se que Portugal era o país dos três efes: Fátima, Futebol e Fado. Actualmente, os três efes têm outro significado: Futebol, Futebol e Futebol. É espantoso o número de horas que a rádio oficial dedica ao futebol, assim como vários canais de televisão com “mesas redondas” mais ou menos concorridas, algumas abrilhantadas por comentadores que funcionam como representantes dos maiores clubes (deveria haver, aliás, uma bandeirinha à frente de cada um para os identificar, porque nem todos os telespectadores são connaisseurs das questões futebolísticas). 

Numa das mesas-redondas realizada há dias, fiquei surpreendido e chocado ao ouvir o director de um jornal nacional de referência (que em geral faz comentário político...) ao dizer convictamente que 20 (vinte!) penáltis tinham sido negados ao F.C.Porto! Enquanto isso, como é óbvio, os seus comparsas reclamavam estatísticas diferentes... As discussões são feitas aos berros, invectivando-se os “adversários”, classificando-os de mentirosos, invocando exclamações desbragadas do tipo “bardamerda para os que não são sportinguistas”, entre muitos outros mimos. Quem quiser confirmar, basta ir ao Youtube e pesquisar “comentadores de futebol”. 
 
Com tais exemplos de gente bem-falante com aceitação social, não surpreende que os árbitros sejam vítimas indefesas dos desgostos clubísticos de pessoas com tendência para agir impulsivamente, sem pensar na consequência dos seus actos.

segunda-feira, 27 de março de 2017

O futuro da Europa está na juventude

Forma-se uma geração europeia
Rui Tavares (Público, 27.Março.2017)
Uma segunda manifestação era a "Marcha pela Europa". Qualquer pessoa, partido ou movimento, fosse de esquerda, de centro ou de direita aí poderia integrar-se. Duas coisas me surpreenderam nesse cortejo. A primeira delas foi a quantidade de jovens. Em dezenas de anos de manifestações, esta foi certamente a manifestação mais jovem que vi. Eram adolescentes italianos, liceais franceses e universitários de todos os lados da União e de alguns países fora dela. Alguns britânicos marcaram também presença. A anunciada saída do Reino Unido é uma ferida aberta para muitos destes jovens. Um rapaz dinamarquês dizia-me: "Vamos lutar por isto com todas as nossas forças, não vamos deixar que nos façam o mesmo que aos jovens britânicos". "Isto" é um modo de vida europeu; acontecer "o mesmo que aos jovens britânicos" é ver esse modo de vida destruído sem apelo nem agravo por quem depois nem fica para apanhar os cacos.

Mensagem-testemunho proveniente de Bruxelas hoje: 
Pensei o mesmo aqui na marcha pela Europa. Bastantes jovens. Parecem ter acordado. Muitos britânicos a reclamar o direito de serem europeus. Interessante. Penso que o Brexit, e agora o Trump, acordaram bastante gente que andava para aí a dormir. Levei o Hugo à marcha pela Europa. Bandeiras europeias. Nenhumas nacionais.

domingo, 26 de março de 2017

Era uma vez... um tipo mimado e birrento

Trump não é um epifenómeno
José Pacheco Pereira (Público, 25.Mar.2017)

Ele é o Presidente da “nova ignorância”, um misto de troll, de figurante de um reality show especialmente bully, um artista de variedades e um con man, um vigarista. Desculpem tanta palavra em inglês, mas é nessa língua que tem florescido a ecologia que é a de Trump. 
O seu Twitter é um retrato psicológico do mundo que se encontra hoje nas redes sociais, a mesma incapacidade de separar verdade da mentira, a mesma ignorância presumida e arrogante, o mesmo desprezo pelo saber e pela especialização, o mesmo misto de ameaças e de gabarolice, o mesmo uso paupérrimo da linguagem, com abundância de expletivos e de maiúsculas, que são uma forma de gritar numa mensagem. Só não há erros de ortografia, porque alguém os corrige. A ameaça, a chantagem e a vingança são elementos fundamentais no seu Twitter e, como estamos a falar do homem mais poderoso do mundo, tem de ser tomado muito a sério.

sábado, 25 de março de 2017

Celebremos a Europa


A Europa ocidental uniu-se após a II Guerra para evitar novos conflitos e proteger-se da disputa pelo mundo em que a União Soviética e os EUA se lançaram. A ideia vingou, num planeta em mudança acelerada. Hoje precisa de uma reinvenção.


Testemunho da minha filha Isabel postado no FaceBook:

sexta-feira, 24 de março de 2017

Puzzle do quadro "Van Gogh's bedroom in Arles"

Exercício proporcionado pela Educadora Helena Martinho 
aos meninos do Jardim de Infância do Vimeiro (Lourinhã)
sobre um quadro do pré-impressionista holandês Van Gogh



terça-feira, 21 de março de 2017

Dia Mundial da Poesia

O álbum “Sonho com Asas”, galardoado no VII Prémio Internacional Compostela (entre 255 trabalhos de 21 países) e nomeado como “melhor livro infanto-juvenil” de 2017 pela Sociedade Portuguesa de Autores, é apresentado hoje na Maratona da Poesia de Setúbal.


quinta-feira, 16 de março de 2017

Prémios 2017 da Sociedade Portuguesa de Autores: “Sonho com Asas" esteve na Gala SPA / RTP


Fátima Afonso (ilustração), Margarida Noronha (Kalandraka) 
e Teresa Martinho Marques (texto)


Prémios SPA Autores 2017: importâncias relativas...

Ontem realizou-se no Centro Cultural de Belém a gala da entrega dos prémios atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Autores aos melhores de 2017. Acompanhei a emissão televisiva da RTP-2 até ao final da entrega dos prémios de Literatura. Que posso testemunhar?
Nas galas de entrega de prémios no cinema e no futebol, por exemplo, os nomeados são colocados nas primeiras filas. Na gala da SPA, um nomeado pode ir parar à 20.ª fila... Afinal, quem é mais importante, os autores nomeados ou as dezenas de pessoas “importantes” que gostam de ser vistas na televisão?
Houve três prémios de Literatura: ficção narrativa, poesia e literatura infanto-juvenil. Ganharam, respectivamente, José Rentes de Carvalho, Maria Teresa Horta e João Pedro Mésseder. Curiosamente, nenhum destes autores se apresentou no palco para receber o prémio! Achei muito estranho este facto. Ou foi uma coincidência estranha? 
A gala terminou em grande com a conversa de António Lobo Antunes.