O
dia é de sol. Vamos dar um passeio... e o diálogo começa:
— Para onde vamos?
— Para o arrabalde. Vamos ver as casas
velhas.
— E está lá a bruxa?
— É capaz de estar. Com este calor deve
estar a tomar banho no ribeiro.
— E se ela nos vê?
— Ela não gosta de barulho, nem de
criançada... Foge logo.
— Ah! Se ela lá estiver eu pergunto se
posso pôr os pés na água.
— Isso! Se pedires com jeitinho ela
deve deixar.
— E se ela estiver a fazer renda? Eu
peço-lhe para me fazer uma camisola.
— E ela é capaz de te atirar é com a
renda à cara!
— E com as agulhas também?
— Pois.
— Eu agarro nisso tudo e fujo.
— E se ela nos quiser bater com a
vassoura? Eu tenho medo. Dá-me a mão.
— Eu cá roubo-lhe a vassoura e fujo com
ela!
— Íamos todos passear em cima da
vassoura.
— Olha! Eu vi a bruxa preta ali ao
fundo! Elas são sempre pretas?
— Só aos domingos é que andam às cores.
— Anda ali! Anda ali!
— Ia a correr.
— Está ao pé da casa dos sete anões.
— Se calhar viu-nos e meteu-se em casa.
Vamos devagarinho.
— Quem tem coragem de ir lá acima bater
à porta?
— Eu!
(O
Rui sobe, bate! Tudo foge escada abaixo, escondem-se, riem, apertam-me as
mãos).
— Vou lá dar um pontapé!
— Oh! A bruxa é mouca...
— Ou então está a dormir. Eu ouvi
assim: rrrrr
— Se calhar ela faz a sesta depois do
jantar... como os bebés! (risos).
(Exploram
a casa. Dão com um vidro partido).
— Olha! Esta bruxa é doida. Em vez de
abrir a porta sai a voar pela janela!
— Saiu pelo vidro. Partiu-o.
— Olha aquela casa escura. Ela deve
estar lá.
— Se calhar a bruxa tem vacas e está a
dar-lhes a vianda.
— Vou lá eu ver... Está vazio, nem
vacas nem nada.
(Vejo
a porta da tranca e atiro...)
— Olha a bruxa a espreitar. Olha o
nariz dela tão comprido. Quem vai lá dar-lhe um apertão?
(Batem
na tranca, apertam-na, fogem.
Depois espreitam por baixo da porta).
Depois espreitam por baixo da porta).
— Está escuro.
— É porque ela tem sapatos pretos.
— Olha um buraco na parede. Ela saiu por lá.
— Já deve ter um grande galo na cabeça.
— Ela anda a passear.
— Se calhar foi visitar o amigo "eco" que mora nas montanhas. Vamos sentar-nos e lanchar. Se ela estiver em casa, logo aparece.
— É porque ela tem sapatos pretos.
— Olha um buraco na parede. Ela saiu por lá.
— Já deve ter um grande galo na cabeça.
— Ela anda a passear.
— Se calhar foi visitar o amigo "eco" que mora nas montanhas. Vamos sentar-nos e lanchar. Se ela estiver em casa, logo aparece.
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