sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A afeição profunda pelos animais...

...existe mesmo... e 17 anos são muitos anos!

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Soube agora mesmo pela L. do acontecimento que muito te entristeceu. Mesmo estando à espera que acontecesse o pior a qualquer momento, nunca se está preparado, não é? Lamentamos, sinceramente.

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Dentro da tristeza... foi da forma mais suave possível com a ajuda de um veterinário, aqui em casa... ela partiu no meu colo e eu não podia desejar um fim mais sereno, na medida do possível, ainda que com ajuda. Eu sabia que um dia teria o sinal de que ela não poderia mais continuar (sempre desejei que assim fosse para eu poder agir... tinha imenso medo que ela colapsasse ou morresse na minha ausência em sofrimento e sem ajuda)... tive de preparar o coração, vai doer como sempre até o tempo ajudar, mas a decisão foi minha e assim foi um processo doloroso, claro, mas completamente controlado... e não a deixei sofrer mal percebi que daí para a frente tudo se complicaria. Ela deixou de se conseguir alimentar sozinha e esse foi o meu sinal. Segunda senti... terça confirmei e fiz o que era necessário antes mesmo dela entrar em sofrimento ou colapsar. Estava bem, velhinha, mas daí para a frente só aconteceria sofrimento. Não esperei.
E foi numa altura serena de férias com tempo e calma para fazer o luto e o ajuste à ausência de rotinas de anos (só pena que o F. não me pudesse apoiar... mas a P. e depois mais tarde o jardineiro, ajudaram-me nesta hora). A P. tem sido sempre presença firme nestes momentos e esteve comigo durante o processo.
Obrigada.
Agora é deixar o tempo fazer a sua magia de apagar o dia e deixar apenas as memórias doces.

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