Carlos Fiolhais
PÚBLICO,
26.Dez.2012
Os media
escolhem, nesta época, as figuras do ano. Para figura do ano a Time escolheu
Barack Obama e, entre nós, o Expresso escolheu Angela Markel e o contribuinte
português para figuras respectivamente internacional e nacional. Proponho-me
aqui escolher o “figurão do ano” e o escolhido não pode deixar de ser Miguel
Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
Em Portugal, no ano que ora finda, foram muitos os figurões. Na cena política, mas também nas cenas académica, empresarial, mediática, autárquica e desportiva, vários foram os personagens que, tentando sobressair, caíram no palco com estrondo. A escolha foi, porém, fácil, pois nenhum desses insucessos foi tão grande como o de Relvas, que, figurando em todas essas cenas, não houve nenhuma em que não caísse. (Texto completo aqui.)
Em Portugal, no ano que ora finda, foram muitos os figurões. Na cena política, mas também nas cenas académica, empresarial, mediática, autárquica e desportiva, vários foram os personagens que, tentando sobressair, caíram no palco com estrondo. A escolha foi, porém, fácil, pois nenhum desses insucessos foi tão grande como o de Relvas, que, figurando em todas essas cenas, não houve nenhuma em que não caísse. (Texto completo aqui.)
As coisas urgentes que temos de fazer em
2013
José Vítor Malheiros
PÚBLICO,
31.Dez.2012
Tivemos
2012 com esta mistura de espanto e de indignação, de urgência e de impotência,
de revolta e de desespero, de ódio e de vergonha. Sabemos que batemos no fundo
em termos de bem-estar, de solidariedade social, de moralidade no Governo, de
dignidade na política, de exercício da cidadania, de democracia, de confiança
nas instituições, de confiança uns nos outros, de confiança no futuro, de
dignidade. Sabemos que começamos a ter vergonha de nos olhar nos olhos na rua,
que as costas estão mais curvadas, as roupas mais baças, as expressões mais
carregadas. Sabemos também que este fundo em que caímos se vai afundar ainda
mais e que novos abismos se vão abrir em 2013 porque a decência deste Governo é
inexistente, porque os interesses inconfessáveis que serve não se encontram em
nenhuma linha da Constituição. Sabemos que as coisas podem sempre piorar e que,
em 2013, as coisas vão mesmo piorar. Mas sabemos também que as coisas não podem
piorar ainda mais sob pena de ficarem piores para sempre e de condenarmos o
país ao desalento e à miséria eterna. O que fazer?
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