Título e sub-título de uma notícia de ontem no jornal PÚBLICO (pág. 23):
Apagão nuclear no Japão pela primeira vez em 40 anos
O último reactor a funcionar no Japão será desligado neste sábado, deixando o país sem energia nuclear.
Na net o título era: O Japão é hoje um país sem energia nuclear.
No corpo das notícias ficava-se a saber mais: As centrais nucleares japonesas foram encerradas para manutenção; o parque nuclear japonês compreende 54 reactores nucleares, responsáveis por 30% da electricidade consumida a nível nacional; a única opção viável são as centrais térmicas a gás e a carvão; actualmente, as renováveis respondem por apenas 10% da produção de energia no país, a maioria a partir de barragens; e a energia eólica e solar representam, juntas, 1%.
São muitas as opiniões, no Japão e não só, de que o acidente de Fukushima – provocado por um tsunami dantesco, convém recordar – foi o ponto de partida para uma “nova era” no Japão, uma era sem recurso à energia nuclear. Julgo que esta ideia é errónea. Tal como antecipei em 1999 que a Alemanha não podia passar sem o nuclear (base do acordo entre SPD e Verdes) (ver aqui),
também agora me parece inviável que o Japão possa prescindir do nuclear. O tempo o dirá.
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