sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Votos de Bom Ano 2012 (à espera de 2013)...

... porque há vida para além da crise, ainda que o caminho seja difícil e o horizonte indefinido!




Autora da fotografia:
Filomena Maria Santos
(por terras da Guarda)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Extinção do Instituto Tecnológico e Nuclear!




O ponto 4 do comunicado do Conselho de Ministros de 22.Dez.2011 ganha mais significado se for lido ao som do 
REQUIEM de Mozart:

4. O Governo decidiu também, na esfera do Ministério da Educação e Ciência, proceder à integração do Museu Nacional da Ciência e da Técnica Doutor Mário Silva na Universidade de Coimbra e proceder à extinção do Instituto Tecnológico e Nuclear, I.P., sendo que a Quinta dos Remédios, parte integrante do campus deste Instituto, é afecta ao Instituto Superior Técnico, passando a integrar o seu património. http://www.portugal.gov.pt/pt/GC19/Governo/ConselhoMinistros/ComunicadosCM/Pages/20111222.aspx

Voltarei a este assunto quando souber o que significa exactamente esta decisão, mas, para já, entendo-a como um erro de avaliação grave e a "prenda" com que o Governo de Pedro Passos Coelho assinala os 50 anos de bons serviços do Laboratório de Sacavém da ex-Junta de Energia Nuclear!

* * *

Adenda (30.Dez.2011)
Lei orgânica do Ministério da Educação e Ciência
Decreto-Lei n.º 125/2011, de 29 de Dezembro
Artigo 31.º - Extinção, criação, fusão e reestruturação
4 — O Instituto Tecnológico e Nuclear, I. P., é integrado no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.
* * *
Adenda (15.Fev.2012)

No Diário da República – I Série, N.º 29, de 9 de Fevereiro – foi publicado o decreto-lei N.º 29/2012 [http://dre.pt/pdfgratis/2012/02/02900.pdf] que oficializa definitivamente a extinção do ITN.

O diploma «Procede à extinção do Instituto Tecnológico e Nuclear, I. P., sendo que a Quinta dos Remédios enquanto parte integrante do campus deste Instituto é afecta ao Instituto Superior Técnico, passando a integrar o património próprio desta instituição

O objecto do diploma é definido no seu Artigo 1.º: «O presente diploma procede à integração do Instituto Tecnológico e Nuclear, I. P., abreviadamente designado ITN, I. P., assegurando-se a transferência da sua missão, das suas atribuições e competências, assim como a integração do seu pessoal e património no Instituto Superior Técnico, abreviadamente designado IST, da Universidade Técnica de Lisboa, abreviadamente designada UTL

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Obrigado, Prof. Carlos Fiolhais!

O Prof. Carlos Fiolhais teve a gentileza de citar o post “Como surgiu a Sociedade Portuguesa de Física no seu blogue “De Rerum Natura”, com uma introdução que começa assim: O físico Eduardo Martinho, um dos principais impulsionadores e fundadores, há 36 anos, da Sociedade Portuguesa de Física, escreveu no seu blogue uma história do processo de fundação daquela sociedade.
http://dererummundi.blogspot.com/2011/12/historia-da-sociedade-portuguesa-de.html

Fico-lhe grato, Prof. Carlos Fiolhais, pelas suas palavras de reconhecimento!

Foto in: http://itunesu-repository.uc.pt/itunesu/pages_collections/109108-1.html

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pensar globalmente, actuar localmente

O leitor sabe que, quando queima lenha, carvão ou gás, está a produzir dióxido de carbono -- assim se chama o gás resultante da combustão -- o qual contribui para o chamado efeito de estufa, donde poderá resultar um sobreaquecimento da Terra, com efeitos graves para o clima e para a vida do Homem (as previsões apontam no sentido de poder haver, num futuro não muito distante, fusão de gelos polares, acompanhada de subida do nível da água dos mares e inundação de vastas zonas costeiras; carência de água, seca e desertificação em certas regiões, e chuvas diluvianas noutras)?
Já pensou que, quando anda no seu automóvel (sem necessidade, às vezes), está a produzir dióxido de carbono através da queima de gasolina ou de gasóleo?
Tem consciência de que, quando utiliza energia eléctrica (nem sempre bem), “produz” dióxido de carbono -- porque as centrais electroprodutoras convencionais queimam combustíveis fósseis (como o carvão e o fuelóleo)? 
Faz ideia de que, quando consome esse bem precioso que é a água potável da rede pública, também está a “produzir” dióxido de carbono -- porque nos processos de captação, tratamento e distribuição da água é utilizada energia eléctrica?
E que o mesmo se passa, por razões análogas, com praticamente tudo o que consome (e desperdiça, por vezes) no dia-a-dia?

Teve conhecimento de que estiveram recentemente reunidos em Berlim [em Durban, este ano] várias centenas de governantes, ambientalistas e cientistas de largas dezenas de países, na chamada Conferência das Partes da Convenção sobre Alterações Climáticas, para discutir os problemas relacionados com o efeito de estufa, tendo em vista limitar e reduzir as emissões de dióxido de carbono? 
Sabe que a Conferência de Berlim -- a que se seguirá a Conferência de Tóquio, em 1997 -- vem na sequência de uma Cimeira realizada no Rio de Janeiro, em 1992, onde a necessidade da redução das emissões  de dióxido de carbono já havia sido objecto de negociações, mas sem grande sucesso prático? 
E sabe que agora, em Berlim, também não foram feitos progressos substanciais [em Durban também não] que nos tranquilizem relativamente às alterações climáticas que a Terra poderá sofrer no futuro?
Imagina quão difíceis devem ser as decisões políticas sobre esta matéria, quando estão em jogo interesses económicos contraditórios, em que tanto os países pobres como os países ricos não querem reduzir as emissões de dióxido de carbono, embora por razões diferentes -- uns para não comprometerem o seu desenvolvimento, os outros para não perderem competitividade?

Que fazer então? perguntará o leitor.
Como poderemos contribuir, individualmente, para a resolução de um problema complexo, a nível global 
-- perante o qual nos sentimos impotentes -- se a nossa acção se faz sentir apenas a nível local?
 Deixo-lhe uma pista que se afigura estimulante: uma das chaves desta questão reside na possibilidade que cada um de nós tem de pensar globalmente e actuar localmente! Aliás, este lema é válido para todos os “efeitos de estufa” que nos afectam, a qualquer nível, seja na nossa rua; na colectividade que frequentamos; na praia onde passamos férias; no município, na região ou no país a que pertencemos, enfim, no mundo que queremos mais apetecível. No fundo, a resolução dos problemas colectivos -- que nunca são apenas dos “outros”... -- passa pela maneira como os encaramos e por comportamentos individuais coerentes com a ideia que tivermos do que deve ser feito para os resolver. 

Nota -- A primeira vez que li a expressão “Pensar globalmente, actuar localmente” (“Think global, act local”, no original) foi num cartaz afixado no Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, há cerca de três anos. Foi uma revelação: ali estava uma explicitação eficaz do que dá sentido à acção individual. Como nunca pensara nisso?! Depois de desvendadas, as evidências tornam-se óbvias...

Artigo publicado no jornal O MIRANTE, 25.Abril.1995

sábado, 17 de dezembro de 2011

Já reparou (na factura da EDP) que...

... em Portugal é consumida electricidade produzida em centrais nucleares?


Adenda (29.Dez.2011)
O meu amigo Joaquim António Emídio, director-geral de O MIRANTE, teve a amabilidade de fazer  um comentário a este post no Cavaleiro Andante, secção humorística do seu jornal:
«O físico Eduardo João Martinho, natural da Chamusca, um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Física e especialista em Física das Radiações de Reactores de Cisão Nuclear, não perde uma oportunidade de defender a sua dama, a energia atómica, tanto no seu blogue "Energia Nuclear - Bases" como no seu outro blogue "Tempo de Recordar". Num dos últimos posts deste blogue, a 17 de Dezembro, colocou uma chamada de atenção para o facto de em Portugal consumirmos diariamente electricidade produzida em centrais nucleares. E até reproduziu a parte da factura da EDP onde um gráfico mostra que a fatia desse tipo de energia é de 5,2 por cento do total. Tendo em conta que há pessoas que apenas consomem produtos agrícolas biológicos por serem contra os químicos, por exemplo, é bem provável que alguns ambientalistas radicais desliguem a electricidade este Inverno. bbbbrrrr... bbbbrrrr... bbbbrrrr...»

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Que exagero Sr. Santos!

Há políticos portugueses que gostam muito de utilizar metáforas bombásticas para exprimir mais coloridamente as suas ideias.
Há uns meses, uma deputada do PEV invocou Fukushima no contexto das últimas eleições legislativas [http://tempoderecordar-edmartinho.blogspot.com/2011/05/que-exagero-dona-heloisa.html].
Agora um deputado do PS invocou a bomba atómica para justificar o injustificável no tocante ao pagamento da dívida nacional.

Na situação em que nós vivemos, eu estou-me marimbando para os nossos credores. Estou-me marimbando para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal, nas condições em que emprestou. Estou-me marimbando que nos chamem irresponsáveis. Nós temos uma bomba atómica que nós podemos usar na cara dos alemães e dos franceses, e essa bomba atómica é, simplesmente: não pagamos! Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. E se nós não pagarmos a dívida e se lhe dissermos, as pernas dos banqueiros alemães até tremem!

Pedro Nuno Santos, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, num jantar de Natal com militantes socialistas (Castelo de Paiva, 10.Dez.2011)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Os aerogramas do tio Berto

(…) os [nossos] filhos viveram a guerra através do tio, que um dia também partiu, rumo à Guiné. Ele que fora menino pacato, que se fizera homem recusando toda a violência, lá foi de abalada, entregue à sorte, que outra coisa o não poderia proteger. Aqui ficámos nós, com o medo dos que ficavam e viam partir os familiares. Chegavam com frequência os aerogramas endereçados aos sobrinhos, recheados de engraçados desenhos que ele coloria, de muitas histórias ou divertidas charadas. Acolhíamos as notícias sem entusiasmo, porque cada minuto em África escondia mil perigos, e as cartas chegavam sempre com grande atraso. Só os pequeninos faziam da chegada do carteiro um motivo de alegria. (…) Cf. http://tempoderecordar-edmartinho.blogspot.com/2010/10/recordando-outros-tempos.html

Os aerogramas referidos acima foram escritos em 1969 e 1970. “Perdidos” durante muito tempo, viemos agora a descobrir que estavam na posse de uma das sobrinhas, a Lena, que os guardou religiosamente. Seguem-se alguns exemplares.


OBRIGADO, TIO BERTO!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Como surgiu a Sociedade Portuguesa de Física

Registo aqui os passos essenciais que conduziram à formação da Sociedade Portuguesa de Física (SPF). Participei activamente nesse trabalho, enquanto membro da Comissão SPF (também designada por Comissão pró-SPF e Comissão organizadora da SPF), desde o início de 1971 até 25 de Janeiro de 1975, data em que se reuniu pela primeira vez a Assembleia Geral da SPF.

 ***
Relato da Comissão SPF apresentado na 1.ª Assembleia Geral da SPF

1. Na sessão de 15.Fevereiro.1971 do Núcleo de Física de Lisboa da Sociedade Portuguesa de Química e Física (SPQF), foi decidido, por unanimidade, criar uma comissão destinada a efectuar um inquérito tendo em vista auscultar a opinião dos físicos portugueses (sócios ou não da SPQF) relativamente ao interesse com que veriam:
a) A criação de uma Sociedade Portuguesa de Física; ou
b) O fortalecimento dos Núcleos de Física da SPQF.

2. Em face dos resultados do inquérito referido (155 respostas recebidas até 12.Março.1971 das quais 130 favoráveis à criação de uma SPF), o Núcleo de Física de Lisboa decidiu, em 19.Março.1971:
a) Pedir a convocação da Assembleia Geral da SPQF para se pronunciar sobre a cisão da Sociedade em duas outras (a de Física e a de Química);
b) Continuar o inquérito (2.ª fase).

3. O pedido de convocação da Assembleia Geral de SPQF foi feito em 19.Abril.1971 ao abrigo do § único do Art.º 16.º dos Estatutos da SPQF (requerimento de 20 sócios). A Assembleia foi convocada, em 24.Maio.1971, para reunir a 04.Junho.1971 com a seguinte ordem de trabalhos:
a) Apreciar os resultados do inquérito realizado pelo Núcleo de Física de Lisboa da SPQF;
b) Discutir e eventualmente aprovar a cisão da SPQF em duas sociedades, a SPF e a SPQ.

4. À hora a que deveria reunir a Assembleia Geral em 2.ª convocação, verificava-se a ausência do Presidente da Mesa, Prof. Dr. António Jorge Andrade de Gouveia, estando presentes o 1.º e o 2.º Secretários da mesma Mesa. O 1.º Secretário, Prof. Dr. Alberto Ralha, que, nos termos do Estatuto, deveria assumir a Presidência da Mesa, deu a conhecer a impossibilidade de a AG reunir visto não ter sido cumprido o disposto no Art.º 18.º dos Estatutos (convocação com 15 dias de antecedência).

5. A 13.Julho.1971 reuniu finalmente, no anfiteatro de Química da Faculdade de Ciências de Lisboa, a Assembleia Geral extraordinária da SPQF, na qual, foi decidida por unanimidade "a cisão da SPQF em duas sociedades: a SPQ e a SPF". Foi também decidido que:
a) A SPQF fosse convertida na SPQ;
b) As acções dos químicos para converter a SPQF em SPQ e dos físicos para criar a SPF fossem desenvolvidas simultaneamente;
c) Os projectos de estatutos das futuras Sociedades fossem obtidos por simples adaptação dos Estatutos da SPQF.

Da execução das decisões da AG foram encarregados o secretário-geral da SPQF, Professor Doutor Kurt Jakobson, e os membros da "comissão organizadora da SPF" constituída com base na comissão que realizara o inquérito aos físicos portugueses:
Augusto Barroso (FCiências-UL)
Eduardo Martinho (JENuclear)
Filipe Duarte Santos (JENuclear)
Jaime da Costa Oliveira (JENuclear)
João Maia de Quininha (FCiências-UL).


6. Nos meses de Maio a Julho de 1971, o Diário de Lisboa publicou, no suplemento Mesa Redonda, respostas a um inquérito sobre o interesse e possíveis formas de actuação de uma SPF, produzidas por: Prof. Dr. José Gomes Ferreira (FCL), Eng.º Frederico Gama Carvalho (JEN), Dr. Rómulo de Carvalho (Liceu Pedro Nunes), Prof. Dr. Luís Alte da Veiga (Fac. de Ciências de Coimbra), Prof. Dr. João António Menezes Bessa Sousa e José Ferreira da Silva (Fac. de Ciências do Porto) e Prof. Dr. António Brotas (Instituto Superior Técnico).

7. Em 27.Março.1972, foram enviados a cada um dos interessados na criação da SPF (num total de 205, segundo os resultados do inquérito obtidos até 31.Maio.1971) uma cópia do projecto dos Estudos da SPF e um boletim de inscrição de sócio fundador da Sociedade. Em 02.Junho.1972 enviou-se novo boletim de inscrição aos colegas que não responderam à missiva de 27.Março.1972.

8. O requerimento de constituição da SPF (juntamente com o projecto de Estatutos) e o pedido de autorização para mudar a designação da SPQF em SPQ foram entregues na Direcção-Geral dos Assuntos Culturais do ex-Ministério da Educação Nacional em 26.Maio.1973.

9. A constituição da SPF foi autorizada por despacho do Secretário de Estado da Instrução e Cultura de 30.Outubro.1973, tendo os respectivos estatutos sido aprovados, após introdução de algumas alterações sugeridas pelo ex-MEN em relação ao projecto inicial.

10. A escritura de constituição da Sociedade foi celebrada no 10.º cartório notarial de Lisboa em 19.Abril.1974. 
Sócios fundadores que constam da escritura notarial: 
–  Cândido Marciano da Silva
–  João Tavares Maia de Quininha
–  António Manuel Patrício Comprido 
  Eduardo João Cardoso Martinho
–  Jaime Manuel da Costa Oliveira
–  Rui Manuel Vassalo Namorado Rosa
–  Frederico José da Silva da Gama Carvalho
–  Maria da Conceição Abreu e Silva
–  Filipe Duarte Branco da Silva Santos



11. Durante o mês de Novembro de 1974, a Comissão Organizadora da SPF recebeu uma única lista de candidatos para os seguintes cargos: mesa da assembleia geral, secretário-geral, secretário-geral adjunto, tesoureiro e conselho fiscal.

12. A Assembleia Geral da SPF foi convocada em 21.Dezembro.1974 para a sua primeira sessão de trabalho que hoje (25.Janeiro.1975) se realiza no anfiteatro do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, com a seguinte ordem de trabalhos:
a) Relato de actividade da Comissão SPF;
b) Eleição da mesa da assembleia geral da SPF, do secretário-geral, do secretário-geral adjunto, do tesoureiro e do conselho fiscal;
c) Comunicações livres;
d) Linhas de acção futuras.


Os 222 sócios fundadores vão, por certo, proporcionar aos órgãos directivos da SPF o apoio indispensável para que possam conduzir os destinos da Sociedade no sentido do progresso do ensino, da investigação e das aplicações da Física em Portugal e realizar um intercâmbio eficiente entre os físicos nacionais e estrangeiros.
São os últimos votos da
Comissão SPF


Para memória futura, assinale-se que na acta da referida Assembleia Geral consta o seguinte: 
António Manuel Baptista propôs um voto de louvor à Comissão pró-SPF pela boa conclusão dos seus trabalhos e pelo interesse e dedicação dos seus membros. Este voto de louvor foi aprovado por aclamação.


Nota final
Para o sucesso dos primeiros passos que conduziram à formação da Sociedade Portuguesa de Física, nomeadamente entre 1971 e 1975, muito contribuiu o apoio logístico proporcionado pelo Laboratório de Física e Engenharia Nucleares (Sacavém), instituição a que é devido um agradecimento especial na pessoa do seu director-geral, doutor Carlos Cacho, que apoiou incondicionalmente o trabalho da Comissão SPF.


 Três anos depois da 1.ª Assembleia Geral da SPF realizou-se a primeira grande reunião de
Físicos em Portugal, que decorreu nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian.