Rui Tavares (Público, 20 de Junho de 2018)
Acabaram-se as crónicas a alertar para a possibilidade de
um regresso do fascismo: ele aí está, inconfundível e indesmentível. Quando o
governo dos EUA separa crianças dos pais para as encerrar em campos de
detenção. Quando o ministro do interior da Itália diz que vai fazer um censo
para expulsar todos os ciganos estrangeiros e acrescenta que “infelizmente
teremos de ficar com os ciganos italianos porque não os podemos expulsar”.
Quando o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, faz um discurso dizendo que
“nenhum compromisso europeu será possível em matéria de imigração e asilo”
porque “a Hungria é contra a mistura” com povos estrangeiros. Quando tudo isto
acontece, o regresso do fascismo já se deu. Sem eufemismos e sem pleonasmos.
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