Rui Tavares
(Público, 27.Março.2017)
Uma segunda
manifestação era a "Marcha pela Europa". Qualquer pessoa, partido ou
movimento, fosse de esquerda, de centro ou de direita aí poderia integrar-se.
Duas coisas me surpreenderam nesse cortejo. A primeira delas foi a quantidade
de jovens. Em dezenas de anos de manifestações, esta foi certamente a
manifestação mais jovem que vi. Eram adolescentes italianos, liceais franceses
e universitários de todos os lados da União e de alguns países fora dela.
Alguns britânicos marcaram também presença. A anunciada saída do Reino Unido é
uma ferida aberta para muitos destes jovens. Um rapaz dinamarquês dizia-me: "Vamos
lutar por isto com todas as nossas forças, não vamos deixar que nos façam o
mesmo que aos jovens britânicos". "Isto" é um modo de vida
europeu; acontecer "o mesmo que aos jovens britânicos" é ver esse
modo de vida destruído sem apelo nem agravo por quem depois nem fica para
apanhar os cacos.
Mensagem-testemunho proveniente de Bruxelas hoje:
Pensei o mesmo aqui na marcha pela Europa. Bastantes jovens. Parecem ter acordado. Muitos britânicos a reclamar o direito de serem europeus. Interessante. Penso que o Brexit, e agora o Trump, acordaram bastante gente que andava para aí a dormir. Levei o Hugo à marcha pela Europa. Bandeiras europeias. Nenhumas nacionais.
Mensagem-testemunho proveniente de Bruxelas hoje:
Pensei o mesmo aqui na marcha pela Europa. Bastantes jovens. Parecem ter acordado. Muitos britânicos a reclamar o direito de serem europeus. Interessante. Penso que o Brexit, e agora o Trump, acordaram bastante gente que andava para aí a dormir. Levei o Hugo à marcha pela Europa. Bandeiras europeias. Nenhumas nacionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário