[…]
Lembramos até, o caso de Paulo Portas, quando era ministro da defesa e botou
fala na cerimónia comemorativa dos 100 anos do Instituto Militar dos Pupilos do
Exército, em 2011.
Disse
então S. Excelência e mestre em demagogia: “Eu
não me arrependo de, porventura contra ventos e marés, ter tomado a decisão de
não deixar encerrar os Pupilos do Exército. O custo de uma decisão tecnocrática
e simplista como essa significaria o desaparecimento de uma instituição secular
que tem um lugar próprio no ensino das Forças Armadas, e que tem méritos
destacados na história do ensino militar em Portugal” e continuava sempre
no mesmo estilo: “A nota institucional
que eu queria deixar tem a ver com a importância do ensino na Instituição
Militar. Eu faço parte daqueles que acreditam que Portugal é um país forjado
por soldados e que não teria a sua independência garantida sem as Forças
Armadas”; “…dir-vos-ia, por isso, que os Pupilos do Exército… fazem todo o
sentido neste século XXI…”
Mas, saído do pelouro, que para mal dos nossos pecados
nunca deveria ter ocupado, esqueceu-se rapidamente dos méritos dos
estabelecimentos militares de ensino, que tanto elogiou, e sendo vice primeiro
- ministro de um governo, que relativamente a fardas só faz disparates, deixou
cair o Instituto de Odivelas como se de um trapo velho se tratasse! […]
in “O lamentável
encerramento do Instituto de Odivelas”
João J. Brandão
Ferreira, PÚBLICO, 07.Set.2015
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