Claudia Carvalho Silva (Público, 09.Abril.2017)
“Este tipo de
comportamento é inadmissível”, diz a psicóloga educacional Sónia
Seixas. “Há uma coisa que temos de esclarecer: aquilo que é normal e aquilo que
é frequente. Que eles considerem que é frequente, é verdade. Mas não pode ser
considerado normal”, adianta.
Este tipo de situações torna-se difícil de prevenir. “Tem
a ver com estilos educativos e não só”. Independentemente da boa educação que
os jovens possam ter, existem vários "factores facilitadores" nesta
equação: as questões hormonais, a influência de grupo e o possível efeito de
álcool e substâncias psicoactivas.
Mesmo que os estudantes tenham sido insultados pela
gerência do hotel, isso não deve servir de justificação. É o que pensa Sónia
Seixas, que acredita que as respostas têm de ser adequadas: “Em resposta a um
insulto, quando muito, responde-se com outro insulto”. Além disso, os
insultos por parte do hotel devem ter tido uma razão de ser.
Ainda assim, no meio de toda a confusão, a psicóloga
aceita que existam jovens injustamente acusados. “Acredito que nem todos o
tenham feito mas também houve muitos que fizeram. E é muito difícil para os
funcionários de um hotel conseguir distinguir quem fez o quê”, conclui.
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