segunda-feira, 10 de abril de 2017

Finalistas? Chegaram ao fim de quê?


Claudia Carvalho Silva (Público, 09.Abril.2017)
Este tipo de comportamento é inadmissível”, diz a psicóloga educacional Sónia Seixas. “Há uma coisa que temos de esclarecer: aquilo que é normal e aquilo que é frequente. Que eles considerem que é frequente, é verdade. Mas não pode ser considerado normal”, adianta.
Este tipo de situações torna-se difícil de prevenir. “Tem a ver com estilos educativos e não só”. Independentemente da boa educação que os jovens possam ter, existem vários "factores facilitadores" nesta equação: as questões hormonais, a influência de grupo e o possível efeito de álcool e substâncias psicoactivas.
Mesmo que os estudantes tenham sido insultados pela gerência do hotel, isso não deve servir de justificação. É o que pensa Sónia Seixas, que acredita que as respostas têm de ser adequadas: “Em resposta a um insulto, quando muito, responde-se com outro insulto”. Além disso, os insultos por parte do hotel devem ter tido uma razão de ser.
Ainda assim, no meio de toda a confusão, a psicóloga aceita que existam jovens injustamente acusados. “Acredito que nem todos o tenham feito mas também houve muitos que fizeram. E é muito difícil para os funcionários de um hotel conseguir distinguir quem fez o quê”, conclui. 


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