segunda-feira, 31 de março de 2014
Ainda (e sempre) as alterações climáticas
Editorial, PÚBLICO, 31.Março.2014
[…] O documento do Painel Intergovernamental para as Alterações
Climáticas, o segundo de três que fazem parte da avaliação do impacto
das alterações climáticas deste organismo das Nações Unidas, que havia feito
uma idêntica avaliação em 2007, deixa alertas muito sérios aos decisores
políticos. E não deixa dúvidas quanto aos riscos que as mudanças climáticas
representam para Portugal e para a Europa. […]
Mais do que uma ameaça projectada no futuro, as alterações climáticas
estão a exprimir-se através de cheias ou ondas de calor catastróficas, com custos
humanos e económicos incalculáveis. Mas será isso suficiente para a humanidade
mudar?
Este Editorial fez-me lembrar uma Carta ao Director
que escrevi em Novembro de 2000:
O fracasso de Haia
Cartas ao Director, Público, 29.Nov.2000
Oficialmente, a conferência de Haia sobre
as mudanças climáticas (COP-6) foi interrompida. Em concreto, foi um fracasso.
Na prática, representantes de 180 países estiveram a negociar durante 15 dias,
para nada. Constituirá o fracasso uma surpresa? Será muito arriscado antecipar
desde já o fracasso da continuação da COP-6 em Marraquexe, no próximo ano?
Talvez não, por razões diversas. Como é
sabido, os assuntos em discussão são muito complexos; cada país pensa essencialmente
nos seus interesses; não há certezas científicas para todos os tópicos em
debate; os radicalismos afunilam o leque das opções; as posições extremadas
apoucam os mecanismos de flexibilidade, etc.
Mas, sobretudo, faltam políticos de grande
estatura, com autoridade moral e coragem para se fazer ouvir. Há que reconhecer
que a dimensão política dos líderes actuais, a nível mundial, não está à altura
de um problema tão grave como o do aquecimento global da Terra resultante da
emissão de gases com efeito de estufa. Por exemplo, a indecisão sobre a
inclusão do nuclear nos mecanismos de flexibilidade – sabendo-se que, actualmente,
as centrais nucleares representam para a atmosfera um "alívio" de 600
milhões de toneladas de carbono por ano – é reveladora das limitações
existentes.
Infelizmente para as gerações vindouras,
em nome de quem muitos falam de desenvolvimento sustentável, o problema só
começará a ser equacionado quando as calamidades se intensificarem ao ponto de
os glaciares do pólo Norte começarem a entrar pela soleira das portas das zonas
ribeirinhas.
Era uma vez um coelho...
de Jon
Klassen
Esta é a história de um coelho que se
portou mal (mentiu) e foi castigado.
portou mal (mentiu) e foi castigado.
domingo, 30 de março de 2014
sábado, 29 de março de 2014
Vida de rico...
Artigo de José Pacheco Pereira
Público, 29.Março.2014
Falando num debate corporativo, Vítor
Bento, economista, conselheiro de Estado, disse, no mesmo dia em que novos
dados sobre a gravidade do empobrecimento dos portugueses vieram a público, que
"o país empobreceu menos do que parece." [...]
No Coliseu dos Recreios, há 40 anos, nasceu um hino: Grândola, Vila Morena, de José Afonso
Artigo de José Jorge Letria - Público, 26.Março.2014
Poucas vezes uma
noite terá ficado na História, de forma tão inequívoca,
graças a uma canção. A
noite foi a de 29 de Março de 1974
e a canção foi Grândola, Vila Morena,
de José Afonso.
Grândola, vila morena,
Terra da fraternidade,
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade.
Dentro de ti, ó cidade,
O povo é quem mais ordena,
Terra da fraternidade,
Grândola, vila morena.
Em cada esquina um amigo,
Em cada rosto igualdade,
Grândola, vila morena,
Terra da fraternidade.
Terra da fraternidade,
Grândola, vila morena,
Em cada rosto igualdade,
O povo'é quem mais ordena.
À sombra duma azinheira,
Que já não sabia a idade,
Jurei ter por companheira,
Grândola'a tua vontade.
Grândola'a tua vontade
Jurei ter por companheira,
À sombra duma azinheira,
Que já não sabia a idade.
sexta-feira, 28 de março de 2014
Patranhas
Público, 28.Março.2014
David Marçal |
quinta-feira, 27 de março de 2014
Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay
Paulo Morais
na Assembleia da República no dia 29 de Novembro de 2013, denunciando os
conflitos de interesses de muitos deputados no Parlamento português.
"Regime de Incompatibilidades dos Deputados da Assembleia da
República".
quarta-feira, 26 de março de 2014
Eles não quiseram ser heróis
Rui Tavares - Público, 26.Março.2014
Há, em todo o
mundo, uma fotografia icónica de um homem carregando sacos de plástico na Praça
Tiananmen, em Pequim, e sozinho impedindo a passagem de um tanque. Do que nos
esquecemos frequentemente é que para cada homem em frente a um tanque militar
há outro dentro do tanque militar. Um homem que pode disparar, ou não. Um e
outro estão ligados pelo laço que dá a vida ou a morte.
Ontem o PÚBLICO
trazia uma fotografia igualmente significativa. Ao contrário da primeira, a
história não se percebe ao primeiro olhar, num segundo apenas. É uma história
com mais história: um homem está de costas, de pé em cima de um tanque
blindado, de mãos nas ancas e espreitando para dentro da torre da metralhadora.
É o brigadeiro que dá ordens para abrir fogo na manhã do dia 25 de abril de
1974. Lá dentro estava um homem que, até agora, ninguém sabia ou se lembrava de
quem era. Até agora.
A fotografia é de
Alfredo Cunha e a história do homem foi investigada e escrita por Adelino
Gomes, para um livro sobre Os Rapazes dos Tanques — os jovens militares que
estiveram frente a frente naquele dia e não abriram fogo uns sobre os outros. O
texto que daí resulta é uma das coisas mais belas, e mais simples, que já li em
qualquer jornal (imagino que o seja igualmente em livro). Claro que a razão
para sentir assim é que aquele momento do não-disparo nos diz muito. Tudo o que
somos dependeu dele. [...]
Ele não quis ser herói
Livro de Adelino Gomes e Alfredo Cunha
Público, 25.Março.2014
A 25 de Abril de
1974, o então cabo apontador José Alves Costa chegava ao Terreiro do Paço, em
Lisboa, num blindado M47 para defender o regime. Quando lhe deram ordem para
abrir fogo contra a coluna de Salgueiro Maia, recusou. Regressou a Lisboa pela
primeira vez em 40 anos nesta terça-feira, acompanhado pelo alferes Fernando
Sottomayor, comandante dos carros de combate onde seguia. No Terreiro do Paço
de 2014 encontrou soldados de 74, que daí a pouco estariam na apresentação do
livro "Os Rapazes dos Tanques", de Adelino Gomes e Alfredo Cunha,
onde se revela a história de José. Herói? "Não quero ser herói. Cumpri a missão
que tinha como português".
terça-feira, 25 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
Uma história feita de (quase) nada
Clicar nas fotos
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Depois do pequeno-almoço, vim à janela da varanda
que dá para o Largo do Leão fumar uma cigarrilha.
De repente vejo algo estranho no centro do Largo, agora
despido de árvores. Seria
um homem? Era um homem!
Que se
passaria? O mesmo devem ter pensado algumas
alunas da EPAD, a escola que se
situa do outro lado do Largo.
Aproximaram-se, primeiro a medo, depois mais
afoitas.
Não
sei se trocaram algumas palavras com o homem.
Duas tiraram fotografias. Depois
voltaram para a Escola.
Pensei: não deve ser nada de grave, e recolhi a casa.
Pouco tempo depois, verifiquei que o homem tinha partido
deixando atrás de si uma história feita de (quase) nada.
deixando atrás de si uma história feita de (quase) nada.
domingo, 23 de março de 2014
É preciso tempo para simplesmente "ser" e "estar"
Rita Pimenta - PÚBLICO, 21.Março.2014
Querer o melhor para os filhos e estimular as suas
múltiplas competências são boas ideias em si mesmas, mas isso não implica
afogá-los em actividades a toda e qualquer hora. Sobretudo se estas requerem
sempre a presença de terceiros.
“É preciso tempo
para simplesmente ‘ser’ e ‘estar’. Sem mediadores entre os pais e a criança”,
diz ao Life&Style Catarina Rodrigues, psicoterapeuta.
Nalgumas
famílias, “falta tempo e espaço para a
intimidade, para a preguiça”, afirma a estudiosa de terapia familiar. E vai
defendendo a ideia de que não temos de estar sempre a fazer qualquer coisa: “Há que saber desfrutar de momentos de
partilha, de silêncio e de cumplicidade.” O dolce far niente que,
de forma invisível, ajuda a aproximar ainda mais quem já está por perto. [...]
"O triunfo dos falhados"
Público, 23.Março.2014
Vasco Pulido Valente |
Há em Portugal um
pequeno grupo de indivíduos que Portugal quer desesperadamente ouvir sobre o
futuro. Este grupo passa hoje a vida na televisão e nos jornais, com ou sem
espaço próprio, e, fora disso, é fatal em qualquer conferência, encontro,
simpósio ou debate que por aí se faça na universidade e nos partidos.
Quem são os
génios que adquiriram um prestígio que vai do povinho iletrado da TVI, da RTP
ou da SIC, às maiores sumidades do país? São, como seria de calcular, os
ministros das finanças que magistralmente nos levaram à bancarrota e à miséria.
Não sei ou não percebo por que razão esse fracasso lhes deu uma autoridade para
falar sobre o desastre a que presidiram. Mas que deu, com certeza que deu; e
eles assoprados pela sua importância, não se importam de o usar.
Tirando Cadilhe,
que tem juízo, e Sousa Franco, que já morreu, a espécie não se poupa. Vítor
Gaspar, Teixeira dos Santos, Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, Catroga,
Cavaco (que não se demitiu do seu penacho de economista lá por ser primeiro-ministro
e Presidente da República), nenhum deles pára. Acordamos com os conselhos da
seita, adormecemos com as suas profundas profecias. O facto de quase sempre se
enganarem e de sempre revelarem com emoção e tremor aquilo que é óbvio para
toda a gente não os perturba, nem perturba o público que os venera e ouve. A
felicidade da vida deles não se explica: entram com foguetes, “governam” no
meio de uma contínua gritaria e saem (enquanto não entram em grandes lugares)
para uma espécie de nuvem, donde arengam as massas e criticam com azedume os
predecessores. [...]
sábado, 22 de março de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
Teresa Martinho Marques >> A canção
Uma canção para
ti
não precisa de mil notas
não precisa de palavras
pode nem sequer ter som
e mesmo sem a ouvir
sem a escutar, sem a ver
sabes com toda a certeza
que quem a fez nascer
só posso ter sido eu
porque o tamanho do amor
o sabor do meu abraço
e o som do meu beijinho
mesmo eu sendo tão pesado
vão daqui sem rumo certo
atravessam qualquer nuvem
deixam para trás as aves
e ultrapassam o céu!
não precisa de palavras
pode nem sequer ter som
e mesmo sem a ouvir
sem a escutar, sem a ver
sabes com toda a certeza
que quem a fez nascer
só posso ter sido eu
porque o tamanho do amor
o sabor do meu abraço
e o som do meu beijinho
mesmo eu sendo tão pesado
vão daqui sem rumo certo
atravessam qualquer nuvem
deixam para trás as aves
e ultrapassam o céu!
quinta-feira, 20 de março de 2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
"O Colapso da Escola"
Público, 19.Março.2014
[...] O que se passa nas nossas escolas? O livro A Sala de Aula, da socióloga Maria Filomena Mónica, que acaba de sair do prelo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, revela o interior dos edifícios escolares. Para o conhecer melhor a autora pediu a alguns professores e alunos que, sob a forma de diários anónimos, contassem o seu dia-a-dia na sala de aula e à volta dela. [...]
[...] Embora verifique
o colapso educativo, defende o papel insubstituível da escola pública como
elevador social: “Continuo a acreditar que, se as escolas públicas forem boas,
os filhos dos pobres poderão, até certo ponto, sair do círculo de miséria em
que estão encerrados.” A autora é particularmente severa para com o Ministério,
ou melhor para com os seus sucessivos ocupantes (28) após 1974. Critica o
actual ministro, em quem muita gente, incluindo a maioria dos professores,
depositava fundadas esperanças, por pouco ter feito para tornar a escola um
lugar onde se ensina e aprende sem bolas de fogo ou refregas como as de Braga.
Apesar de partilhar com Nuno Crato a aversão ao “eduquês”, a novilíngua que o
Ministério criou e mantém, verifica com mágoa que ele não implodiu a máquina
ministerial como queria fazer, que não deu às escolas a autonomia de que fala e
que não tem dado poder aos professores como é preciso. Pelo contrário, o Ministério,
povoado por assessores incompetentes e sustentado por plataformas informáticas
que Kafka não imaginou, continua a infernizar a vida a professores e alunos.
Conclui Filomena Mónica o seu capítulo sobre os docentes: “Além de não
assegurar a qualidade do ensino, o Ministério impede o normal funcionamento das
aulas.” Tendo a concordar.
terça-feira, 18 de março de 2014
História de uma mãe-coragem em Zaatari
Público - 15.Março.2014
Sofia Lorena |
Umm Jihad está
habituada a ser chefe de família. Viúva há 16 anos, mãe de cinco filhos e de
três filhas, tem 14 netos. Ser chefe de família na vila de sempre, Sheikh
Maskin, na província síria de Deraa, e no campo de refugiados de Zaatari, no
Norte da Jordânia, não é a mesma coisa, mas Umm Jihad faz o que pode.
Com as caravanas
distribuídas pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, Umm Jihad ergueu
um simulacro de casa. Quatro caravanas, todas com as portas viradas para um
quadrado de terra a fazer de quintal. Com os cobertores cinzentos que todos os
refugiados recebem à chegada, faz capas com gola debruada e pompons – “Uma
noiva já casou com uma das minhas capas”, diz orgulhosa – e cortinas com
laçarotes quando é essa a encomenda. Com T-shirts velhas de adultos, faz
vestidos de menina, de fatos de treino nascem pijamas coloridos para os netos.
Quatro encomendas por dia, é a média actual. [...]
"Não ao colaboracionismo"
Público, 18.Março.2014
José Vítor Malheiros |
[...] É evidente que raros serão, entre os signatários [do Manifesto dos 74],
os que se sentirão confortáveis com cada linha de cada parágrafo. Houve
certamente compromissos e negociações, insistências e cedências. Mas foi
possível chegar a um texto comum, onde todos cederam um pouco no menos
importante para defender o essencial. E, por isso, por terem sabido defender o
essencial e pôr de lado a sectarismo que tanto mancha a prática política, a
publicação deste manifesto merece ser assinalada na nossa história com uma pedra
branca. O Manifesto dos 74 mostra que há quem ponha o interesse dos portugueses
acima do interesse dos mercados financeiros e quem coloque a soberania do povo
acima do poder sem rosto do dinheiro. O Manifesto dos 74 mostra que há, da
esquerda à direita, quem não ceda ao colaboracionismo, por diferentes que
possam ser as suas visões da sociedade. Este manifesto é, por isso, um
importante passo para salvar a honra perdida da política, prostituída pelo
Governo, e para restaurar a imagem da democracia, vítima da violação colectiva
quotidiana do PSD e do CDS.
segunda-feira, 17 de março de 2014
domingo, 16 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
Arroz de lampreia no restaurante Nova Arcádia
Num post anterior já falei do
Restaurante Nova Arcádia, que se situa no meu bairro, concretamente na Rua
Pereira Carrilho. Escrevi então: “A
casa serve comida tradicional portuguesa, com bons grelhados de peixe e carne,
um excelente cozido à portuguesa, um arroz malandrinho de polvo, e outras
iguarias”. Entre estas iguarias conta-se o famoso arroz de lampreia, que tem a sua época, na qual nos encontramos agora.
Há dias o senhor João, dono do restaurante, convidou-me para
ir ver como se preparava a lampreia, tarefa que me pareceu não estar ao alcance
de qualquer um.
(Clicar sobre as fotos para as ampliar)
Primeiro
corta-se a pele à volta da cabeça com um golpe pouco profundo, para se poder
começar a “descascar” o bicho... Em seguida, aplica-se um alicate ao bordo da
pele e puxa-se (para baixo, no caso da foto à direita).
Vai-se continuando a puxar a pele. Na foto à direita,
assinala-se a zona até onde o trabalho já está completado. Falta o rabo, que dizem ser o mais difícil de esfolar… Não foi o caso :).
A preparação continua com a abertura do ventre, passando
pela remoção de todas as partes interiores, não sem que antes se tire o ânus à
lampreia. Nesta fase, há que prestar atenção à remoção de tudo o que
não seja comestível. Um passo em falso e a lampreia ficaria com um sabor
intragável, e teria de ir para o lixo, disseram-me.
A lampreia ficou pronta para ser cortada aos bocados pelo
senhor João. A seguir, a D. Lourdes encarrega-se da confecção do prato…
que acabou por ser servido a uma cliente ocasional – a
nossa filha Maria Teresa :) – pelo senhor Henrique, um empregado “5
estrelas”…
Telefones: 21 195 48 97 -- 96 690 59 07
“Um país refém dos chicos-espertos da política”
Público, 15.Março.2014
[...] Mas
inapelavelmente, inexplicavelmente, permanece uma espécie de autismo inerente
ao exercício do poder em Portugal, que mantém o país refém de uma atitude de
tacticismo político das direcções partidárias. E o que é mais absurdo é que
muitos dos que estão disponíveis para contribuir para o debate sobre que futuro
poderá aspirar o país e sobre que ideia de Portugal pode ser construída são,
como é natural, personali-dades políticas com um currículo de prestígio ao nível
da vida partidária e que são ignorados pela máquina de poder dos partidos
parlamentares.
Esse autismo das
lideranças partidárias foi manifesto esta semana quer no silêncio com que a
entrevista de António Barreto foi recebida, quer no silêncio com que o prefácio
de Cavaco Silva foi lido. E foi visível de forma lapidar nas reacções ao
manifesto para a reestruturação da dívida pública, quer no silêncio do líder do
PS, António José Seguro, quer na violência da rejeição da admissibilidade do
debate pela parte do primeiro-ministro, Passos Coelho.
Atitudes de fuga
em frente deste tipo travam o debate num país em que a administração do Estado
está cartelizada e na mão do manobrismo táctico que alimenta as máquinas
partidárias e sustém as direcções dos partidos, deixando que o país permaneça
refém dos chicos-espertos da política.
"A raiva que o manifesto dos 70 provocou"
Público, 15.Março.2014
José Pacheco Pereira |
É difícil
imaginar tanta raiva, tanta vontade de calar, tanto desejo de pura exterminação
do outro, como aquele que se abateu sobre o manifesto dos 70 signatários a
pretexto da reestruturação da dívida, uma posição expressa em termos prudentes
e moderados por um vasto grupo de pessoas qualificadas, quase todas também
prudentes e moderadas.
Nem isso poupou
os seus signatários a uma série de insultos, acusações ad hominem, insinuações
e o que mais adiante se verá. Sobre eles caiu a exco-munhão que retira os seus
nomes do círculo de ferro da confiança do poder. [...]
Cada vez mais se
generaliza em Portugal a idade como insulto, diminuição, culpa, e todos são
“velhos” por associação. Falta-lhes a desenvoltura dos “jovens”. [...] De facto, troquem Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Vítor
Martins, Sevinate Pinto, o presidente da CIP, Capucho, Sampaio da Nóvoa, Braga
da Cruz, Gomes Canotilho, Manuel Porto, Teresa Beleza, e tantos outros, pelos
“mais novos”, Relvas, Arnault, Marco António, Passos… […].
sexta-feira, 14 de março de 2014
"Mar de electrões" em movimento!
Num post anterior contei o que se passou em resultado do meu neto Hugo me ter pedido para lhe explicar o que era um "mar de electrões". Acontece que a figura que construí não tinha movimento, os electrões não orbitavam os núcleos atómicos. Eu imaginava que o esquema podia ser melhorado, mas a minha "ciência" não dava para tanto. Resolvi então falar com o meu neto Bruno, que é meu assessor em questões de informática... Disse-lhe o que pretendia e aqui está o (movimentado) resultado :). O Hugo pode agora ficar com uma ideia mais aproximada do conceito de "mar de electrões"...
O MIRANTE no lançamento do livro de J. C. Oliveira
Jaime da Costa Oliveira, Frederico Gama Carvalho e Joaquim António Emídio |
O lançamento do novo livro de Jaime da Costa Oliveira teve lugar no Laboratório Nuclear de Sacavém no passado dia 7 de Março, sendo a apresentação feita por Frederico Gama Carvalho. A reportagem do acontecimento foi realizada por Joaquim António Emídio, director-geral do jornal O MIRANTE, que editou a obra.
quinta-feira, 13 de março de 2014
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