tag:blogger.com,1999:blog-3959494229183961171.post4740679493886187756..comments2023-07-13T14:13:13.326+01:00Comments on tempo de recordar: O avô JoaquimEduardo Martinhohttp://www.blogger.com/profile/03381947726514690124noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3959494229183961171.post-56537358966479964662014-01-16T11:09:13.675+00:002014-01-16T11:09:13.675+00:00Do avô guardo algumas coisas. Deu-me, num fim de t...Do avô guardo algumas coisas. Deu-me, num fim de tarde em que estava bastante aflito com uma pneumonia, de que se safou ainda, o seu relógio de ouro. Um relógio de caixa, com uma corrente. Fê-lo na presença de um dos seus maiores amigos. O sr. Augusto dos jornais. Quando recuperou, continuou, obviamente, a usá-lo fazendo, de vez em quando referência de que o relógio era meu. Também tenho os cartões de identidade dele. Um de quando era Fiscal da Rede Eléctrica, de 1929. E outro quando passou para Fiscal dos Mercados e Feiras de 1947. Acho que ele já exercia estas funções antes desta data. A nossa casa, na rua de S. Nicolau, foi das primeiras casas particulares a ter «luz eléctrica». O avô era o fiscal... Tenho o contrato com os Serviços Municipalizados para o fornecimento da luz. Estranhamente não o encontrei quando o procurei recentemente. Deve estar noutro local.<br /><br />JP<br />jphttps://www.blogger.com/profile/12959864045247874989noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3959494229183961171.post-64167376047194276702013-12-31T17:19:05.387+00:002013-12-31T17:19:05.387+00:00Por ser o mais novo dos netos que conviveu com o a...Por ser o mais novo dos netos que conviveu com o avô também tenho algumas recordações. Nas noites quentes, após o jantar, era sagrado. Íamos, com um amigo do avô, o tenente Consciência, apagar a luz do mercado. Este tinha quatro ruas, uma de cada portão e, no centro onde se juntavam, tinha, lá bem alto, uma única lâmpada. Iluminava todo o mercado. O avô era o encarregado do mercado e tinha a chave que abria, vagarosamente, o portão, do lado da ex Escola Prática de Cavalaria. Aí, pegava-me ao colo e eu, nos meus quatro anitos, dava um quarto de volta ao interruptor para apagar a luz. No regresso a casa havia sempre uma busca junto à estátua do Marquês Sá da Bandeira a ver se havia algum grilo. Ainda cá guardo a gaiola onde eles passavam uns dias a comer alface e a cantar, quando lhes apetecia.<br /><br />JPjphttps://www.blogger.com/profile/12959864045247874989noreply@blogger.com